Manuela D’Ávila não ligou para Adélio Bispo no dia do atentado a Bolsonaro

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Não é verdade que a ex-deputada e candidata a vice-presidente em 2018, Manuela D’Ávila (PCdoB), telefonou para Adélio Bispo de Oliveira 18 vezes no dia em que ele esfaqueou o então presidenciável Jair Bolsonaro, como afirmam postagens nas redes sociais (veja aqui). Inquérito da PF (Polícia Federal) revelou que o agressor não fez nem recebeu chamadas na data e que agiu sozinho.

As postagens contam com ao menos 4.685 compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (27) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (veja como funciona).


Alguém sabe? Por que essa mulher ligou 18 vezes para Adélio no dia do esfaqueamento?

Postagens que voltaram a circular nas redes sociais enganam ao afirmar que Manuela D’Ávila (PCdoB), ex-deputada federal e candidata a vice-presidente da República em 2018, fez 18 ligações para Adélio Bispo no dia 6 de setembro de 2018, quando ele esfaqueou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (hoje sem partido) em Juiz de Fora (MG).

As investigações concluíram que Adélio não efetuou nem recebeu ligações no dia e que agiu sozinho na concepção, planejamento e execução do crime. Também não foram encontradas trocas de mensagens. Além disso, a análise dos dois aparelhos telefônicos e chips citada no inquérito não menciona Manuela D’Ávila.

O MPF (Ministério Público Federal) pediu o arquivamento provisório do inquérito em junho do ano passado após concluir que Adélio planejou e executou o crime sozinho.

Acusações falsas contra Manuela D’Ávila começaram a ser disseminadas ainda em setembro de 2018, logo após o atentado. A ex-deputada revelou que estava recebendo ameaças após a circulação das postagens e solicitou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proteção da Polícia Federal.

Na época, a campanha presidencial de Fernando Haddad (PT), da qual Manuela fazia parte, desmentiu as alegações e negou qualquer envolvimento dela no atentado. O Aos Fatos tentou contato com a assessoria da comunista para oferecer a oportunidade de dar mais esclarecimentos, mas não houve retorno.

Outras peças de desinformação que envolvem o crime cometido por Adélio Bispo de Oliveira já foram checadas por Aos Fatos. Entre as mais recentes, circularam em abril deste ano postagens que alegavam que seus telefones não haviam passado por perícia durante as investigações da PF (Polícia Federal).


De acordo com nossos esforços para alcançar mais pessoas com informação verificada, Aos Fatos libera esta reportagem para livre republicação com atribuição de crédito e link para este site.

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