🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2019. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Lula não sugeriu assassinato de Palocci em áudio; gravação é falsa

Por Luiz Fernando Menezes

25 de junho de 2019, 16h38

É falso o áudio atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que ele sugeriria o assassinato do seu ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Além de a voz ser diferente da do petista, a gravação não consta entre as interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal em 2016. O Instituto Lula também negou a veracidade do conteúdo.

O áudio apareceu primeiro nas redes sociais em 2017 e, apesar de desmentido na época pela imprensa, voltou a circular nos últimos dias em publicações no Facebook (veja aqui). Nesta terça-feira (25), posts com a gravação enganosa já passavam de 78 mil compartilhamentos. Todos foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação do Facebook (entenda como funciona).


Selo falso

BOMBÁSTICO! GRAMPO REVELA QUE LULA QUERIA O ASSASSINATO DE PALOCCI NA PRISÃO (Áudio é verdadeiro!)

O suposto grampo, na verdade, não passa de uma imitação. Nos três minutos e vinte e um segundos da gravação que circula nas redes, é possível observar diferenças entre a voz do ex-presidente e a que diz, entre outras afirmações, que “ninguém teve a competência e a coragem de acabar com esse cara”, em referência a Antonio Palocci.

O áudio também não consta nas interceptações telefônicas de Lula, autorizadas pela Justiça Federal do Paraná em 2016.

A gravação começou a circular no WhatsApp em setembro de 2017 e, na ocasião, foi verificado como informação falsa por G1, e-Farsas, Veja e Gaúcha ZH.

Na época, o áudio foi atribuído a uma interceptação de telefonema de Lula e Rui Falcão, ex-presidente do PT. Porém, a voz do interlocutor não é ouvida na gravação, o que invalidou a hipótese de grampo telefônico.

Contatado nesta segunda-feira (24) por Aos Fatos, o Instituto Lula disse que a gravação é falsa.

Referências:

1. G1
2. O Globo
3.e-Farsas
4. Veja
5. Gaúcha ZH
6. Folha de S.Paulo


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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