Um trecho do Jornal Nacional veiculado em 5 de outubro foi alterado para mostrar o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), à frente na pesquisa do Ipec divulgada naquela data, o que é falso (veja aqui). No vídeo original, o resultado da sondagem apresentado é invertido: o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para a Presidência da República, com 51% dos votos totais, enquanto Bolsonaro tem 43%. O trecho que cita os votos válidos também foi alterado.
O conteúdo adulterado conta com ao menos 30 mil visualizações no Kwai e 7.200 compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (11).
As imagens e o áudio de uma reportagem do Jornal Nacional transmitida no dia 5 de outubro foram adulterados para afirmar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a pesquisa de intenções de voto à Presidência divulgada pelo Ipec naquela data. Na reportagem original, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quem aparece na primeira posição. O resultado aparece a partir dos 11 minutos e 52 segundos na edição do telejornal da Globo.
No vídeo editado, as fotos de Bolsonaro e de Lula são invertidas no gráfico dos resultados da pesquisa (veja comparação abaixo). A fala da jornalista Renata Vasconcellos também é editada para trocar os dois nomes no momento de apresentar os indicadores. A pesquisa apontou o petista com 51% das intenções considerando votos totais, que incluem brancos e nulos, enquanto Bolsonaro tem 43%.
No momento em que William Bonner apresenta os resultados dos votos válidos — que não considera entrevistados indecisos e que optam pelo voto branco ou nulo —, o áudio também foi editado para trocar as posições dos dois candidatos. A partir de 12 minutos e 42 segundos, Bonner diz: “Luiz Inácio Lula da Silva tem 55% dos votos válidos, com a margem, de 53 a 57. Jair Bolsonaro tem 45% dos votos válidos, com a margem, de 43 a 47”. O gráfico também é adulterado para trocar os candidatos de posição.
O Ipec disse ao Fato ou Fake, iniciativa de checagem do Grupo Globo, que vai denunciar o conteúdo falso. A empresa especializada em pesquisas entrevistou 2.000 pessoas em 129 municípios, entre os dias 3 e 5 de outubro.
A desinformação também foi checada pela Agência Lupa, Reuters, AFP e Boatos.org.
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