Investigados na Lava Jato se dividem em votação sobre prisão de Delcídio
Nem todos os senadores envolvidos na operação votaram pela detenção do colega: 5 foram a favor; 4, contra; 1 se absteve e outros 2 se ausentaram
Nem aliados nem adversários: os investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Lava Jato se dividiram entre votar pela manutenção da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-RS) e sua liberação — ou simplesmente não votaram. O comportamento dos senadores expõe a orientação de seus partidos, e não uma ação coordenada pela própria salvação.
São 13 os implicados nas investigações, dos quais 12 deveriam votar, já que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), só votaria em caso de empate. Cinco foram a favor; quatro, contra; um se absteve e outros dois se ausentaram.
Os números expõem também que o governo não tem consenso nem mesmo em uma Casa considerada pacificada, como o Senado: no PMDB, dos 16 senadores da legenda, apenas 1 votou pela revogação da prisão. Dentre os senadores petistas, que são 12, 2 foram pela sua manutenção.
Votaram pela manutenção da prisão:
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Benedito de Lira (PP-AL)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RR)
Votaram pela revogação da prisão:
Fernando Collor (PTB-AL)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Lindberg Farias (PT-RJ)
Ausentaram-se:
Ciro Nogueira (PP-PI)
Gladison Cameli (PP-AC)
Absteve-se:
Edison Lobão (PMDB-MA)
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