🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2018. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Homem em foto com Fidel Castro é o jornalista Ricardo Noblat, não o ministro Marco Aurélio

Por Luiz Fernando Menezes

20 de dezembro de 2018, 11h20

O homem que aparece ao lado do ex-ditador cubano Fidel Castro em uma foto que circula nas redes sociais não é o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello, mas o jornalista Ricardo Noblat, da revista Veja.

A peça de desinformação, publicada por um perfil pessoal no começo da manhã desta quinta-feira (20), foi denunciada por usuários do Facebook. Aos Fatos marcou a montagem com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).

Confira abaixo o que checamos.


FALSO

Contra fotos (ops) fatos, não há argumentos… Juiz Marco Aurélio e seu amigo Fidel.

Publicações que apontam falsamente o ministro Marco Aurélio Mello como o homem na foto ao lado de Fidel Castro passaram a circular no Facebook na manhã desta quinta-feira (20), um dia após o magistrado decidir pela soltura de presos condenados em segunda instância, o que beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi suspensa ontem mesmo pelo presidente do STF, Dias Toffoli.

Esta é a segunda vez que a foto do ex-ditador cubano com o jornalista Ricardo Noblat é atribuída à outra pessoa. Em meados deste ano, um boato identificou o homem ao lado de Fidel como o desembargador Rogério Favreto, desembargador que ordenou a soltura de Lula em julho deste ano.

Na época em que Favreto foi o alvo do boato, o jornalista Ricardo Noblat disse que o homem na imagem compartilhada era ele: “Dormirei feliz. Apanhei da direita por ter criticado o juiz Sérgio Moro. E da esquerda por ter considerado uma aberração jurídica a decisão do desembargador Favreto. E ainda por cima usaram uma foto minha com Fidel para dizer que era Fidel com Favreto. Pode isso, Arnaldo?”.

Nesta quarta-feira (19), às 14h, Marco Aurélio Mello determinou a soltura de todos os presos condenados em segunda instância. A medida beneficiaria, entre outros detidos, um grupo de presos da Lava Jato, incluindo o ex-presidente Lula, cuja defesa levou menos de uma hora para protocolar um pedido de soltura.

A decisão do ministro, no entanto, foi derrubada por Dias Toffoli que, no começo da noite de ontem, apresentou sua decisão: “defiro a suspensão até que o colegiado maior aprecie a matéria de forma definitiva, já pautada para o dia 10 de abril.”


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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