🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Geddel não foi inocentado de todos os crimes do caso das malas com R$ 51 milhões

Por Luiz Fernando Menezes

27 de agosto de 2021, 16h02

Não é verdade que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) foi inocentado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de todos os crimes do caso das malas encontradas com R$ 51 milhões e que ficou livre, como alegam posts nas redes (veja aqui). O político está em prisão domiciliar desde o ano passado e, nesta segunda-feira (23), a Segunda Turma da corte derrubou uma condenação por associação criminosa, mas manteve outra, por lavagem de dinheiro. Assim, a decisão reduziu, mas não extinguiu, a pena total dele.

A informação enganosa aparece em publicações que somavam ao menos 1.900 compartilhamentos nesta sexta-feira (27) no Facebook. Todas foram marcadas com o selo FALSO por Aos Fatos na ferramenta de verificação (saiba como funciona).


[Eu, Geddel,] fui condenado no ano passado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso de malas contendo R$ 51 milhões em um apartamento remetido a ele em Salvador. E nessa tarde do dia 24/8 eu fui inocentado e estou livre!

Postagens nas redes sociais enganam ao afirmar que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) foi inocentado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de todos os crimes relativos ao caso das malas contendo R$ 51 milhões que foram encontradas em um apartamento em Salvador (BA) que seria usado pelo político e por seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA). Na realidade, a Segunda Turma da corte derrubou uma das condenações contra os dois, por associação criminosa, mas manteve a outra, por lavagem de dinheiro.

Na segunda-feira (23), a turma decidiu, por três votos a um, derrubar a condenação e também a multa de R$ 52 milhões que Geddel e Lúcio receberam em 2019 no âmbito da Operação Cui Bono. Com a decisão, a pena total de Geddel foi reduzida de 14 anos e dez meses de prisão para 13 anos e quatro meses.

Tampouco é verdade, como alegam as postagens checadas, que o ex-ministro tenha sido libertado após essa decisão da corte. Ele permanece em prisão domiciliar desde julho de 2020, quando o STF concedeu uma decisão liminar requisitada pela defesa do político. No pedido, os advogados alegaram que Geddel pertencia ao grupo de risco da Covid-19 e que o sistema penitenciário não teria condições de oferecer tratamento adequado.

O ex-ministro dos governos Lula (Integração Nacional) e Temer (Secretaria de Governo) foi preso em julho de 2017 por suspeita de atrapalhar investigações da polícia e cumpriu pena em regime fechado em Brasília e Salvador antes de ir para a prisão domiciliar.

Em julho, Aos Fatos checou outra peça de desinformação sobre processos do político.

Referências:

1. G1 (Fontes 1, 2, 3, 4 e 5)
2. STF
3. Aos Fatos


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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