Fotos de Eduardo Paes com Sérgio Cabral no Carnaval de 2016 circulam como atuais

Por Amanda Ribeiro

23 de fevereiro de 2023, 18h24

Não são recentes as fotos em que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o ex-governador Sérgio Cabral, que deixou a cadeia em dezembro de 2022 após seis anos preso, se cumprimentam com abraço e beijo no rosto durante um evento de rua, como tem sido disseminado nas redes. O encontro aconteceu em 2016, quando ambos posaram para fotos no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no segundo dia dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (23) e circulam também no Twitter e no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

Cabral e Paes! Rio de Janeiro Carnaval de 2023! Pra quem quiser acreditar!

Posts difundem fotos tiradas de encontro entre Paes e Cabral em 2016 como se fossem do Carnaval 2023, o que é falso

Fotos que mostram um encontro entre o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ex-governador Sérgio Cabral, na Marquês de Sapucaí, não são de 2023, como afirmam publicações nas redes sociais. Os registros foram feitos pela jornalista Idiana Tomazelli, do jornal O Estado de S. Paulo, no Carnaval de 2016, em fevereiro daquele ano.

Em 2023, Eduardo Paes participou de desfiles de escolas de samba e tirou fotos ao lado de políticos. Não há qualquer registro público, no entanto, que mostre um encontro entre Paes e Cabral nas festividades deste ano.

Em 2016, o ex-governador dançou ao lado de Paes durante o desfile da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro. Eles trocaram abraços e posaram para fotos. Meses depois, em novembro, Cabral foi preso preventivamente por suspeita de receber propina para a concessão de obras públicas, na esteira da Operação Lava Jato.

Cabral foi solto em dezembro de 2022 após o STF (Supremo Tribunal Federal) revogar o mandado de prisão preventiva contra ele. A defesa do ex-governador argumentou que o prazo da prisão era excessivo, o que foi acatado pelos ministros da Segunda Turma da corte. O ex-governador ficou em prisão domiciliar até fevereiro deste ano, por outros processos aos quais responde. Desde então, novas medidas foram estabelecidas, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Condenações. Sérgio Cabral foi condenado em 23 processos, cujas penas somam mais de 400 anos de reclusão. Até hoje, no entanto, não houve sentença definitiva contra o político.

Referências:

1. O Estado de S. Paulo (1 e 2)
2. Twitter (@eduardopaes)
3. Extra
4. G1 (1 e 2)
5. Conjur
6. CNN Brasil

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