🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Maio de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Foto não mostra professor armado dentro de escola em Israel

Por Luiz Fernando Menezes

11 de maio de 2021, 18h00

Não é verdade que o homem de arma na cintura que aparece brincando com uma criança em foto que circula nas redes sociais seja professor de uma escola de Israel (veja aqui). O registro original, feito em 2009 por uma agência de fotojornalistas israelenses, indica que ele seria um colono de um assentamento em Jerusalém. Além disso, a legislação do país não prevê porte de armas para professores.

Publicações com o conteúdo enganoso somavam ao menos 4.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (11) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (veja como funciona).


Professor esperando um demente entrar nessa escola, em Israel.

Não é um professor, mas um colono, o homem que aparece com uma arma na cintura enquanto brinca com uma criança. Postagens que trazem essa falsa alegação passaram a circular nas redes sociais após atentado a uma creche em Saudades (SC), quando um jovem invadiu a escola e deixou cinco mortos com golpes de faca.

A imagem foi registrada em 2009 pelo fotógrafo Gershon Elinson, da Flash 90, uma agência de fotojornalistas israelense. A legenda da foto identifica o homem como um colono do assentamento Gush Etzion, em Jerusalém. O jornal Times of Israel, que veiculou a foto, noticiou ainda que ele seria pai da criança com quem brinca na imagem.

Tanto a legislação israelense quanto a lista de critérios para obtenção de porte de armas do Ministério de Segurança Pública do país não preveem permissão para que professores trabalhem armados. O Ministério da Educação determina, na realidade, que a segurança de escolas seja feita por seguranças aprovados pela polícia de Israel.

Referências:

1. G1
2. Flash 90
3. Times of Israel
4. Library of Congress
5. Governo de Israel
6. Ministério da Educação de Israel


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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