Não foi registrada no Pará nem está relacionada a uma suposta compra de votos para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, uma foto que mostra dezenas de maços de dinheiro apreendidos pela PF (Polícia Federal). A imagem foi registrada em agosto de 2020 após uma operação no Rio de Janeiro contra fraudes nos Correios. A corporação afirmou que não realizou qualquer operação relacionada a compra de votos para Lula.
As postagens com a alegação falsa têm sido disseminadas no Facebook e no WhatsApp neste domingo (30) (fale com a Fátima).
Uma imagem que mostra maços de dinheiro apreendidos pela PF circula com a alegação falsa de que eram valores destinados à compra de votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Pará, ordenada pelo governador do estado, Helder Barbalho (MDB). A corporação negou a veracidade da postagem que circula nas redes.
A foto usada nas publicações mostra, na realidade, R$ 3,5 milhões apreendidos em operação contra fraudes nos Correios, em 4 de agosto de 2020, no Rio de Janeiro. Naquele dia, foi realizada a segunda fase da Operação Postal II, com mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP), Praia Grande (SP), São Vicente (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
As peças desinformativas simulam uma reportagem do Diário do Pará, jornal que pertence à família de Barbalho, que não publicou notícia semelhante.
Neste fim de semana, o Aos Fatos se uniu às iniciativas de checagem AFP Checamos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa para verificar em conjunto a desinformação sobre as eleições.