🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Julho de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Foto de homem com rosto inchado não retrata efeito colateral da CoronaVac

Por Luiz Fernando Menezes

28 de julho de 2020, 14h16

Não é verdade que um enfermeiro que recebeu voluntariamente a CoronaVac, vacina da Sinovac Biotech em testes em São Paulo, publicou fotos com o rosto inchado para mostrar o efeito colateral da imunização, como afirmam postagens nas redes sociais (veja aqui). As imagens foram veiculadas em 2016 nos EUA e exibem uma reação alérgica a manteiga de amendoim que foi passada no rosto de um estudante em trote na Central Michigan University.

A peça de desinformação circula em posts no Facebook, que, juntos, reuniam ao menos 3.500 compartilhamentos na tarde desta terça-feira (28). O conteúdo foi marcado com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).


FALSO

VACINA CHINESA CAUSA REAÇÃO NO TESTE. Enfermeiro voluntário posta como ele ficou após tomar a primeira dose da vacina chinesa.

Fotos de um homem com o rosto inchado têm circulado em publicações nas redes sociais como se retratassem o efeito colateral de uma dose da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus da Sinovac Biotech que passa por testes em São Paulo. Os registros, porém, são de outubro de 2016 e mostram uma reação alérgica sofrida por um estudante que teve manteiga de amendoim passada em seu rosto durante um trote universitário nos EUA.

Na ocasião, o calouro Andrew Seely foi exposto ao produto mesmo tendo avisado aos veteranos da Central Michigan University ser alérgico à substância. O autor da agressão foi o estudante Dale Merza, que foi formalmente acusado em abril de 2017 e confessou o caso.

As fotos agora atribuídas a um voluntário da vacina da Sinovac foram originalmente postadas nas redes sociais pela mãe de Seely, em março de 2017.

Nesta segunda-feira (27), Aos Fatos checou uma peça de desinformação que relacionava à CoronaVac efeitos colaterais relatados por voluntária de outra vacina em testes, da Universidade de Oxford.

Segundo relatório da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que permitiu testes em voluntários no Brasil, as imunizações de Oxford e da Sinovac apresentaram perfil de segurança aceitável.

Referências:

1. Detroit Free Press
2. NY Times
3. Allergic Living
4. Aos Fatos
5. Anvisa (Fontes 1 e 2)


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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