🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Abril de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Foto de estrada asfaltada pelo governo do Piauí circula como se fosse de obra de Bolsonaro

Por Luiz Fernando Menezes

27 de abril de 2021, 16h36

Não foi registrada durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro nem mostra uma obra do governo federal a foto de uma rodovia asfaltada que circula em posts nas redes sociais atribuída a uma ação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (veja aqui). A intervenção foi tocada pelo estado do Piauí em 2018. Já a foto de atoleiro em uma estrada foi tirada durante a atual gestão, em 2020, no Mato Grosso.

Posts que trazem comparação desinformativa entre essas duas fotos acumulavam ao menos 88 mil compartilhamentos no Facebook nesta terça-feira (26) e receberam o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).


Publicações nas redes sociais tiram duas imagens de contexto ao fazer uma comparação elogiosa ao trabalho do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Porém, a única das duas imagens que foi retratada durante o atual governo não é a que mostra uma rodovia asfaltada, mas um atoleiro.

A imagem de veículos atolados em uma estrada apareceu, por meio de busca reversa, em publicações de fevereiro de 2020 (aqui, aqui e aqui) que relatavam problemas de tráfego na BR-158, na região do Norte Araguaia, em Mato Grosso, após uma intensa chuva. Problemas semelhantes neste trecho também foram noticiados neste ano.

Em nota, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) informou que os pontos críticos dos atoleiros teriam sido eliminados com obras de encascalhamento e recuperação. A pavimentação, no entanto, não foi realizada porque “a implantação definitiva da rodovia passará a contornar a Terra Indígena Marãiwatsédé”.

Já a imagem atribuída a uma realização da gestão Bolsonaro foi veiculada pelo governo do Piauí em artigo de junho de 2018 sobre as obras da estrada que conecta os municípios Cocal, Cajueiro da Praia e Barra Grande. Além da construção ser anterior ao governo Bolsonaro, ela foi financiada por recursos do BNDES (Bando Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e do próprio estado.

Referências:

1. Repórter Agro
2. Agência da Notícia
3. Olhar21
4. G1
5. Governo do Piauí


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

Topo

Usamos cookies e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concordará com estas condições.