Fiscais do Ibama não incendiaram mata no Maranhão para culpar Bolsonaro

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É falso que fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) atearam fogo em uma mata no acostamento de uma rodovia no Maranhão para culpar o governo Bolsonaro, como afirma um homem em vídeo que circula nas redes sociais (veja aqui). As chamas mostradas nas imagens eram parte de uma queimada preventiva, prática prevista em lei e que elimina a vegetação na beira da estrada justamente para evitar incêndios florestais.

No Facebook, posts que trazem o vídeo com as alegações enganosas reuniam ao menos 3.000 compartilhamentos na tarde desta segunda-feira (29) e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).


FALSO

Adivinha quem está tocando fogo para todo lado? Será que é pra derrubar o governo Bolsonaro? Eu não duvido de nada.

Um vídeo que mostra labaredas consumindo um mato na beira de uma estrada no Maranhão tem circulado nas redes sociais como se fosse prova de um incêndio criminoso iniciado por fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para culpar o governo Bolsonaro. Nada disso, porém, é verdade: as chamas eram parte de uma queimada preventiva, prática que a lei autoriza justamente para prevenir incêndios florestais.

De acordo com o Ibama, o procedimento é feito para eliminar a vegetação na beira da estrada que poderia servir de combustível para um incêndio maior, como, por exemplo, se fossem atingidas por uma guimba de cigarro acesa arremessada por um motorista. Segundo a Lei 12.651/2012, as queimadas controladas precisam de aprovação do órgão estadual ambiental competente.

Foi o caso da operação exibida no vídeo. Com apoio de agentes da Funai, da Polícia Militar maranhense e de voluntários, a queimada controlada foi realizada no dia 20 de junho pelo Ibama nas margens da rodovia MA-280, em um perímetro que compreende o território indígena do povo Krikati. A ação durou cinco horas, das 9h às 14h, e não “não houve nenhuma intercorrência”, de acordo com o relatório disponibilizado pelo Ibama.

Fato ou Fake, Boatos.org e o Comprova também desmentiram a alegação feita no vídeo.

Referências:

1. Planalto

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