É falso que Jair Renan Bolsonaro, o quarto filho do presidente Jair Bolsonaro, foi nomeado para o cargo de consultor da Secretaria Especial de Cultura do governo federal e agora recebe R$ 37 mil mensais (veja aqui). Além de a informação ter sido negada pelo Ministério do Turismo, ao qual a secretaria está atrelada, o Aos Fatos também não encontrou registro de que o estudante tenha sido indicado a algum cargo governamental.
No Facebook, posts com o conteúdo enganoso reuniam mais de 2.500 compartilhamentos até a tarde desta terça-feira (22) e foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (veja como funciona). A informação falsa também circula no WhatsApp (receba as checagens), onde não é possível medir com precisão seu alcance.
Filho número 04 de #ForaBolsonaro, o pegador do condomínio, agora é consultor federal da secretaria especial de cultura da União, com um salário de 37.000 reais.
Circula nas redes sociais uma mensagem que afirma que Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do presidente Bolsonaro, teria sido nomeado para o cargo de consultor da Secretaria Especial de Cultura com remuneração de R$ 37 mil mensais. A peça, no entanto, desinforma: o Ministério do Turismo, órgão ao qual a secretaria está subordinada, negou a alegação: “não existe qualquer vínculo entre a pasta e Renan Bolsonaro”.
O Aos Fatos também buscou pelo nome de Jair Renan Bolsonaro no DOU (Diário Oficial da União), no Portal da Transparência do Governo Federal e na lista de servidores do Ministério do Turismo. Não há registro de que o filho de Bolsonaro tenha sido nomeado para nenhum cargo no governo.
A peça de desinformação provavelmente distorce informações sobre o encontro de Jair Renan Bolsonaro com o secretário especial de Cultura, Mario Frias, no final de agosto. Na ocasião, o estudante afirmou ter ido à secretaria discutir sobre o futuro dos e-sports no país.
Algumas versões da peça de desinformação trazem ainda a afirmação de que Bolsonaro estaria “roubando os aposentados”. A mensagem provavelmente se refere à proposta que supostamente estava sendo estudada pelo Ministério da Economia para suspender o reajuste das aposentadorias e do BPC (Benefício de Prestação Continuada). No dia 15 de setembro, o próprio presidente negou a intenção: “Pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado neste assunto. Mas, por parte do governo, jamais vamos congelar salários de aposentados, bem como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pobres com deficiência sejam reduzidos por qualquer coisa que seja”.
Referências:
1. Diário Oficial da União
2. Portal da Transparência
3. Ministério do Turismo
4. Folha de S.Paulo
5. Valor Econômico