🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Fevereiro de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que vídeo mostra agricultor argentino jogando fezes no MST

Por Marco Faustino

10 de fevereiro de 2023, 16h14

Um vídeo gravado no Reino Unido que mostra um agricultor espalhando esterco ao redor de membros do Greenpeace tem viralizado nas redes com a informação falsa de que se trataria de um produtor argentino retaliando membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A filmagem ocorreu em 2016, quando ativistas da ONG ambientalista protestaram contra a exploração de gás de xisto na Inglaterra.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 62 mil curtidas no Instagram nesta sexta-feira (10).


Selo falso

Agricultor argentino jogo [sic] bosta em invasores do MST

Posts difundem vídeo em que fazendeiro da Inglaterra jogou esterco contra ativistas do Greenpeace como se fosse ação de agricultor argentino contra membros do MST, o que é falso

Um vídeo que mostra um trator despejando dejetos em um gramado tem sido difundido nas redes como se retratasse um agricultor argentino jogando fezes em membros do MST, o que é falso. Por meio de busca reversa, o Aos Fatos verificou que a filmagem, na verdade, foi feita em abril de 2016, no Reino Unido, e mostra um fazendeiro local jogando esterco em ativistas do Greenpeace.

Entre os manifestantes estavam a atriz Emma Thompson e a irmã dela, Sophie Thompson, como informado na época pelo jornal britânico Daily Mail.

Os ativistas ambientais protestavam contra a extração do gás de xisto, utilizado para produzir o gás natural, por meio do fracking (fraturamento hidráulico, em português) — que consiste na aplicação de fluidos em alta pressão para a obtenção dos gases. O método foi proibido no Reino Unido em 2019 após um estudo confirmar que a técnica pode provocar tremores de terra imprevisíveis, mas voltou a ser permitido em 2022 em razão da crise energética.

O fracking já foi banido em outros países como Alemanha e França por estar associado a riscos à saúde humana e impactos socioambientais.

Referências:

1. YouTube
2. Daily Mail
3. Goldenergy
4. UOL
5. Infomoney
6. Valor Econômico
7. Agência Pública

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