É falso que vídeo mostra assassinato da mulher do traficante Marcola no Rio de Janeiro

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É falso que um vídeo mostre Cynthia Camacho, mulher do traficante e líder do PCC Marcos Camacho, conhecido como Marcola, sendo executada a tiros no Rio de Janeiro. Na verdade, a gravação mostra o assassinato de Erika Yulissa Bandy García, mulher do traficante Magdaleno Meza, e foi registrada em 22 de junho na cidade de San Pedro Sula, região norte de Honduras.

Postagens com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook e 28 mil visualizações no TikTok até a tarde desta segunda-feira (3). O vídeo com a alegação falsa também circulou no WhatsApp, plataforma em que não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

RJ…vai pega fogo. O bagulho vai ficar doido. A esposa de Marcola acaba de ser assassinada.

Print de WhatsApp mostra vídeo de execução junto com a mensagem: “RJ…vai pega fogo. O bagulho vai ficar doido. A esposa de Marcola acaba de ser assassinada”, que é mentirosa.

Um vídeo que mostra uma mulher sendo morta a tiros circula com a informação falsa de que a vítima seria Cynthia Camacho, mulher do traficante Marcola, o que é mentira. Por meio de busca reversa, o Aos Fatos constatou que as imagens mostram a execução de Erika Yulissa Bandy García, mulher do traficante Magdaleno Menza, também conhecido como Nery López Sanabria. As imagens foram registradas por câmeras de segurança de uma padaria em 22 de junho em San Pedro Sula, na região norte de Honduras.

Jornais de Honduras noticiaram o caso. A mulher estava em liberdade desde abril de 2022, após passar quase quatro anos em um presídio feminino do país por lavagem de dinheiro. O marido dela, o traficante Magdaleno Meza, foi assassinado em 2019 dentro da prisão de segurança máxima em que estava.

Esta não é a primeira informação falsa envolvendo a mulher do principal líder do PCC. Em novembro de 2022, na primeira semana da transição do governo de Jair Bolsonaro (PL) para o de Luís Inácio Lula da Silva (PT), viralizaram nas redes conteúdos falsos dando conta de que Cynthia Camacho assumiria o Ministério da Justiça, o que teve de ser negado pela assessoria de Lula à época.

Referências

  1. La Prensa (1 e 2)
  2. El Heraldo
  3. Aos Fatos

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