🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Vídeo mostra professoras forçando menino a tomar ômega 3, não a passar batom

Por Bruna Leite

24 de outubro de 2022, 15h51

Não é verdade que professoras que aparecem em um vídeo segurando um aluno no corredor de uma escola tentavam passar batom nele, como tem sido dito nas redes sociais. A gravação, de 2015, mostra educadoras de uma escola em Águas Claras (DF), no momento em que forçavam o menino a tomar uma cápsula de ômega 3. Após a denúncia, feita por uma funcionária, a mãe do garoto processou a escola, que foi obrigada a indenizar a família em R$ 30 mil por maus tratos.

A publicação tem centenas de compartilhamentos no Facebook nesta segunda-feira (24) e circula também no WhatsApp, no qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

ABSURDO! UMA PROFESSORA SEGURA O MENINO E OUTRA PASSA O BATOM. O MENINO CHORA E IMPLORA PRA NÃO PASSAR , ELAS DEBOCHAM E DÃO RISADA. ISSO É IDEOLOGIA DE GÊNERO

Reprodução do vídeo que mostra professoras forçando menino a tomar uma cápsula de ômega 3, não a passar batom

É falso que uma professora foi gravada segurando um menino no corredor de uma escola para que outra funcionária passasse nele batom, como tem sido compartilhado nas redes. A cena mostra, na verdade, profissionais do centro educacional Ipê, em Águas Claras (DF), forçando um aluno a tomar uma cápsula de ômega 3, em junho de 2015.

A gravação foi feita por outra funcionária, e a denúncia de abuso chegou ao Ministério Público do Distrito Federal por meio da própria escola, que foi sentenciada a indenizar a família da criança em R$ 30 mil por maus tratos.

O vídeo circula nas redes sociais com o contexto falso desde pelo menos 2017. A menos de uma semana do segundo turno das eleições deste ano, voltou a ser disseminado de forma enganosa, dentro da retórica da “ideologia de gênero” — expressão usada desde os anos 1990 por setores religiosos conservadores para interditar discussões relacionadas a gênero e sexualidade.

Referências:

1. TJDFT
2. AFP
3. Aos Fatos

Topo

Usamos cookies e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concordará com estas condições.