Não é verdade que uma senhora chamada Nilma Marson morreu no ginásio da Polícia Federal, em Brasília, para onde foram levados os golpistas retirados do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército, como afirmam publicações nas redes. Além de a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal negarem que tenha havido mortes no local, familiares de Marson afirmam que ela está viva e não participou dos atos terroristas.
Publicações com a alegação enganosa acumulavam 5.500 compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (11) e circulam também no Twitter.
Pessoal venho através dessa mensagem avisar que a dona Nilma Marson, que frequentava o nosso QG, veio a falecer dentro do ginásio em Brasília (...) meus sentimentos a família e amigos, uma patriota que morreu por nós lutando pelo nosso país
Publicações nas redes sociais enganam ao dizer que uma senhora chamada Nilma Marson morreu no ginásio da PF, em Brasília, para onde foram conduzidos os golpistas retirados do acampamento montado há mais de dois meses em frente ao QG do Exército em Brasília. A Policia Federal do Distrito Federal reforçou nesta quarta-feira que são falsas as informações sobre mortes de pessoas no local, o que foi reiterado pela Secretaria de Segurança Pública do DF ao site Metrópoles.
Sylvia Marson, enteada de Nilma, afirmou nas redes sociais que sua madrasta está viva e mora no Paraná. “Eu e meu irmão falamos com ela por telefone hoje. Estão compartilhando isso e ainda falando que ela morreu no campo de concentração (???). É inacreditável que eu tenha que vir aqui fazer isso. As pessoas espalham as coisas sem checar NADA”, disse ela.
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Em checagem anterior, Aos Fatos desmentiu que uma idosa de 77 anos tivesse morrido no mesmo ginásio da PF.
Desocupação. Agentes de segurança do Distrito Federal cumpriram na segunda-feira (9) uma ordem de desocupar o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, montado desde o fim do segundo turno da eleição presidencial.
Cerca de 1.500 pessoas que estavam instaladas no local foram detidas ou presas na manhã de segunda por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes após os atos terroristas ocorridos no domingo (8). Os detidos foram levados ao ginásio da Academia Nacional da PF para prestar depoimento, e os presos foram para a Penitenciária da Papuda. Todos estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico, quando necessário, segundo a PF.
O órgão informou que 727 pessoas foram presas até a noite de terça-feira (10), e 599 detidos foram liberados, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças, por questões humanitárias. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Saúde do DF, o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a Defensoria Pública da União acompanham os procedimentos.