Lula não foi chamado de ‘ladrão’ na ONU; áudio foi inserido no TikTok

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É falso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha sido vaiado durante evento promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), como fazem crer publicações compartilhadas nas redes. Na verdade, o trecho usado nas peças é da participação do presidente no 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) e teve áudio com vaias e gritos de “ladrão” inserido no TikTok. Vídeo original mostra que Lula foi aplaudido.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam cerca de 650 mil visualizações em diversas versões no TikTok e ao menos 10 mil compartilhamentos no Facebook até a manhã desta quinta-feira (20). Peças também circulam no Kwai.


Selo falso

Hino é cantado na ONU. Lula, ladrão, seu lugar é na prisão.
Post com imagem de Lula discursando com legenda de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” como “hino cantado na ONU”; áudio foi inserido no TikTok e não é verdadeiro

Não é verdade que Lula tenha sido vaiado e ofendido em um evento promovido pela ONU, como fazem crer publicações compartilhadas nas redes. Peças tiram de contexto a participação do mandatário no 59º Congresso da UNE, que aconteceu no dia 13 de julho, em Brasília, e inserem artificialmente pelo TikTok um áudio com vaias e gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

No vídeo original, é possível ver que Lula foi ovacionado e aplaudido pelos participantes do evento.

Peças desinformativas com áudios falsos têm sido compartilhadas nas redes sociais sempre em contextos de viagens do presidente Lula ao exterior, visitas técnicas ou solenidades oficiais.

Apesar de ofensivas contra o presidente acontecerem, tem se tornado comum encontrar vídeos de discursos do presidente com a sobreposição de um áudio específico do TikTok que, sozinho, acumula 4.793 versões e milhões de visualizações na plataforma de vídeos curtos.

Print de posts de diversos vídeos com áudio com vaias e gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” no TikTok usado milhares de vezes na plataforma

Com esse e outros áudios similares, Aos Fatos já checou ao menos dez peças desinformativas diferentes. Somente em julho, foram quatro:

Referências

  1. Agência EBC
  2. YouTube (1 e 2)
  3. Aos Fatos (1, 2, 3 e 4)

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