Projeto que previa videogames em unidades prisionais no RJ é do governo estadual, não federal

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Uma reportagem editada do RJTV, da Globo, tem sido difundida nas redes para insinuar que o governo Lula (PT) pretende enviar televisões, notebooks e videogames para escolas em unidades prisionais do Rio de Janeiro. Trata-se, na realidade, de uma iniciativa da gestão estadual, liderada pelo governador Cláudio Castro (PL), sem relação com o governo federal. A lista de itens foi alterada após contato da emissora com o governo estadual, mas equipamentos como TVs, óculos de realidade virtual e computadores permaneceram com previsão de entrega às unidades.

Publicações que difundem a reportagem fora de contexto acumulavam 1 milhão de visualizações no Tik Tok e 10 mil compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (24) e circulam também no WhatsApp, plataforma na qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).


Selo falso

Você que fez o L, não tem esses itens [TVs 4K, notebooks e videogame] na sua casa, mas os ladrões vão ter. O amor venceu

Posts enganam ao insinuar que iniciativa de enviar TV 4K e videogames para unidades prisionais do RJ é do governo Lula

Posts difundem uma reportagem editada do telejornal RJTV, da Globo, veiculada em 18 de maio de 2023, para insinuar que a iniciativa de enviar aparelhos de TV, notebooks, câmeras fotográficas profissionais e videogames para escolas de unidades prisionais do estado do Rio de Janeiro é do governo Lula, o que é falso. Na realidade, a reportagem fala do projeto Cultura Maker, criado em 2021 pela Secretaria de Educação do governo estadual — e que, portanto, não tem relação com o governo federal. Cláudio Castro já era governador do Rio de Janeiro quando o programa foi lançado e continua no cargo, após se reeleger em 2022.

O objetivo da iniciativa é equipar as escolas da rede estadual, incluindo as de unidades prisionais, com espaços pedagógicos e recursos inovadores onde os alunos tenham contato com tecnologia, fotografia e produção audiovisual.

A lista inicial que previa videogame e notebooks foi alvo de contestação por departamentos internos da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), devido ao risco da entrada de equipamentos que permitissem acesso a rede de internet e redes sociais, e acabou sendo retificada um dia antes da reportagem da Globo ir ao ar.

Mais de 50 itens foram retirados da lista, como câmeras fotográficas, canetas digitais, notebooks e consoles de jogos. Itens como TV de 60 polegadas, óculos de realidade virtual e computadores novos, seguem na lista, segundo a reportagem original da Globo.

A Seap informou à emissora que “as unidades seguem as diretrizes da Secretaria de Educação, incluindo a compra de materiais escolares e equipamentos, e que não vai permitir a entrada de videogames porque itens eletrônicos são proibidos”. Já a Secretaria de Educação disse que a compra dos equipamentos necessita de aprovação da pasta.

Referências

  1. Globoplay

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