Não é verdade que o governo Lula (PT) anunciou uma redução de apenas R$ 0,13 no preço do botijão de gás de 13 kg, como afirmam publicações nas redes. As peças manipularam uma fala do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e retiraram o trecho no qual ele estima que o preço do manufaturado irá diminuir em R$ 8,97 com a mudança na política de preços da estatal.
As publicações enganosas acumulam ao menos 20 mil compartilhamentos no Facebook e milhares de visualizações no Kwai e TikTok até esta sexta-feira (19).
Preço atual: R$ 100,00. Novo preço: R$ 99,87. Uma redução de R$ 0,13.
Posts nas redes enganam ao dizer que a redução no preço do botijão de gás anunciada pelo governo Lula seria de apenas R$ 0,13. As peças editam uma fala do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante a entrevista coletiva na terça (16), para sugerir que o preço do botijão teria caído de R$ 100 para R$ 99,87. Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), o botijão de 13 kg estava sendo vendido a um preço médio de R$ 108,84 na semana passada (7 a 13 de maio de 2023). A queda no valor, portanto, foi de R$ 8,97, conforme anunciou Prates na mesma entrevista.
Naquele dia, o presidente da estatal anunciou o fim da política de PPI (Preço de Paridade Internacional) e, com ele, diversos ajustes nos preços de venda dos manufaturados da Petrobras. Conforme pode ser verificado na íntegra da entrevista (veja abaixo), Prates primeiro elenca as quedas dos preços: “Gasolina A: menos R$ 0,40 por litro, redução de 12,6%. Diesel A: R$ 0,44 por litro, menos de 12,8.GLP, gás do que é feito de petróleo (...) menos R$ 8,97 por botijão de treze quilos”.
Minutos depois, na mesma entrevista, o presidente avalia que a redução no preço do gás de cozinha seria a melhor notícia: “Botijão de gás, que é a melhor notícia, baixamos de R$ 100. Baixamos de R$ 100. Então pela primeira vez desde outubro de 2020 nós teremos um botijão de gás com preço médio esperado no mercado a R$ 99,97. R$ 0,13 abaixo dos R$ 100. Esse é o efeito dos dos anúncios de hoje”. As peças de desinformação usam apenas esse trecho para sugerir que a queda teria sido ínfima.
A Reuters também publicou uma checagem sobre o assunto.
