Diferentemente do que afirmam posts nas redes, o Exército Brasileiro não ficou sem acesso à internet fornecida pela Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, após decisão tomada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na última quinta-feira (29). O magistrado congelou as contas bancárias da companhia, mas não suspendeu seus serviços. Em nota ao Aos Fatos, o Exército também desmentiu o boato.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta quinta-feira (5).
Na tentativa de perseguir Elon Musk, Moraes deixa o Exército Brasileiro sem internet

Publicações nas redes mentem ao alegar que o Exército Brasileiro ficou sem acesso à internet após o ministro Alexandre de Moraes determinar o bloqueio das contas bancárias da Starlink, na última quinta-feira (29). A decisão não mandou interromper os serviços da empresa, que segue operando em território nacional.
Em nota ao Aos Fatos, o Exército negou ter perdido o acesso à conexão. De acordo com a Força, os contratos entre as organizações militares e as empresas que oferecem serviços via Starlink são descentralizados.
A ordem do ministro do STF ocorreu no contexto de suspensão do X, outra companhia de Musk. O ministro determinou o congelamento das contas bancárias para garantir o pagamento de multas aplicadas à rede social pelo descumprimento de decisões judiciais.
Na última quarta-feira (30), Musk afirmou que, mesmo com as contas congeladas, a Starlink seguirá atuando no país. Enquanto recorre da decisão, a empresa deve manter o serviço gratuito para clientes brasileiros.
O serviço de conexão via satélites de Musk também é usado pela Marinha. Em nota, a Força afirmou que não sofreu qualquer interrupção de conexão após a decisão de Moraes.
O caminho da checagem:
Analisamos as decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes e verificamos que ele não determinou a suspensão do acesso à internet por meio da Starlink, apenas o congelamento das contas bancárias vinculadas à empresa.
Também entramos em contato com o Exército e a Marinha, que negaram ter sofrido qualquer interrupção na conexão.