🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Março de 2023. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que aplicativo mobizapSP foi lançado por iniciativa de Tarcísio de Freitas

Por Marco Faustino

10 de março de 2023, 17h21

Não é verdade que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi responsável pelo lançamento do aplicativo de transportes mobizapSP, como dizem posts nas redes. As publicações compartilham uma reportagem do Jornal da Gazeta, que não cita Freitas nem estabelece relação com o governo estadual. O aplicativo foi lançado na quinta-feira (9) pela Prefeitura de São Paulo, que tem à frente o prefeito Ricardo Nunes (MDB), e não houve aporte de recursos públicos no desenvolvimento do software.

Publicações com a atribuição enganosa acumulavam 1.500 curtidas no Instagram e 425 mil visualizações no TikTok nesta sexta-feira (10).


Selo falso

O governador Tarcísio de Freitas lança aplicativo de locomoção paga que garante 89% da tarifa para o motorista

Posts difundem que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lançou o aplicativo mobizapSP, o que é falso.

Posts nas redes difundem um trecho da edição de quinta-feira (9) do Jornal da Gazeta para alegar que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, foi responsável pelo lançamento do aplicativo de transportes mobizapSP, o que é falso. O aplicativo foi lançado na mesma data pela Prefeitura de São Paulo, que negou ao Aos Fatos que a iniciativa tenha sido estadual. Em nenhum momento a reportagem cita o nome do governador ou parceria entre o município e o estado. Tampouco houve recursos públicos no desenvolvimento e na manutenção da plataforma.

O projeto foi solicitado pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo por meio de licitação pública, em junho de 2022, época em que Tarcísio ainda era pré-candidato ao governo estadual. O aplicativo foi desenvolvido pelo Consórcio 3C, composto pelas empresas Construtora, Laços Detetores e Eletrônica, Consilux Consultoria e Construções Elétricas, e CSX Inovação, que apresentou o percentual de 10,95% — o menor entre os licitantes — sobre o valor das corridas. Isso significa que 89,05% dos valores ficam com os motoristas.

O aplicativo ainda não está em funcionamento, o que deve ocorrer apenas quando houver uma base de 10 mil motoristas cadastrados. A Prefeitura de São Paulo afirma que não terá participação nos lucros do aplicativo, e que receberá as mesmas taxas aplicadas a outros meios de transporte, como ISS da empresa e a taxa de rodagem dos motoristas.

O preço será calculado com base no tempo estimado de viagem, cujo ponto de partida será sempre a cidade de São Paulo, distância e horário. A promessa é que não haverá a cobrança da chamada tarifa dinâmica, quando o valor da corrida aumenta em razão de existirem mais pedidos de viagens do que motoristas disponíveis em determinada área.

A licença obtida pelo Consórcio 3C para operar o serviço tem validade de cinco anos.

Referências:

1. Jornal da Gazeta
2. Prefeitura de São Paulo
3. Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo
4. Diário Oficial da Cidade de São Paulo
5. Mobile Time
6. Valor Econômico
7. Quatro Rodas

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