A fim de ironizar a internação do presidente Lula (PT), vídeos desinformativos enganam ao afirmar que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) só teria governado Pindamonhangaba (SP) por causa da morte do prefeito anterior. Na verdade, ele foi eleito prefeito de sua cidade-natal em 1976, após um mandato como vereador.
Publicações com a alegação falsa somam mais de 4,3 milhões de visualizações no TikTok, dezenas de curtidas no Instagram e de compartilhamentos no Facebook. A desinformação também circula no X e no WhatsApp, rede na qual não é possível medir o alcance dos conteúdos, e foi compartilhada na Fátima, a robô checadora do Aos Fatos.
O candidato a Prefeitura de Pindamonhangaba precisava de um vice, chamou o Geraldo, a chapa foi eleita, o prefeito faleceu no exercício do mandato, Alckmin virou prefeito da cidade.
Vídeos que zombam do estado de saúde de Lula, submetido na terça (10) a uma cirurgia de emergência, disseminam a informação falsa de que Alckmin assumiu cargos após a morte dos titulares em duas ocasiões. Na verdade, isso aconteceu uma vez na carreira do atual vice-presidente — em 2001, quando ele era vice-governador paulista e o então titular, Mário Covas, morreu de câncer.
As peças mentem ao afirmar que isso já havia acontecido, quando Alckmin foi prefeito de Pindamonhangaba (SP). Ao contrário do que alegam os vídeos, o político foi eleito para administrar a cidade do Vale do Paraíba.
Conforme reportagens sobre sua trajetória já mostraram, Alckmin começou sua carreira política aos 19 anos, quando se filiou ao MDB e foi o vereador mais votado de sua cidade-natal.
Após presidir a Câmara Municipal já em seu primeiro mandato, Alckmin entrou na disputa pela prefeitura, tornando-se o mais jovem prefeito eleito da história de Pindamonhangaba.
O caminho da apuração
Aos Fatos reconstituiu o currículo político de Geraldo Alckmin por meio de notícias na imprensa e contextualizou a reportagem com informações sobre a doença de Lula e a morte de Mário Covas.
