Adélio Bispo não afirmou em depoimento à PF que PT ordenou atentado contra Bolsonaro

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Não é verdade que Adélio Bispo de Oliveira afirmou em novo depoimento à Polícia Federal que o PT seria mandante do atentado a faca sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora (MG), durante as eleições de 2018. Em nota, a DPU (Defensoria Pública da União), que presta assistência jurídica ao agressor, negou que tenha ocorrido novo depoimento. Também não há qualquer informação do tipo no site da PF. As investigações apontam que Bispo agiu sozinho e que não houve mandantes.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 18 mil compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (2). As peças de desinformação também somam 30 mil visualizações no TikTok.


Selo falso

Adelio Bispo abriu a boca. E confirma que foi o PT, que mandou matar Bolsonaro.

Publicações desinformam ao afirmar que Adélio Bispo admitiu em novo depoimento à PF que atentado contra Bolsonaro foi encomendado pelo PT

A DPU negou que Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado a faca que vitimou Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, confessou à PF ter sido contratado pelo PT. O órgão, que cuida da defesa do agressor, afirmou em nota que não recebeu qualquer tipo de notificação sobre um novo depoimento e que não há motivos para novas manifestações sobre o caso. As investigações apontam que Bispo agiu sozinho e que não houve mandante do crime.

Contatada pelo Aos Fatos, a PF afirmou que não se responsabiliza por publicações fora dos canais oficiais da corporação com alegações sobre o andamento das investigações. Não há qualquer informação similar à citada pelas peças de desinformação no site da corporação ou em veículos jornalísticos.

Preso em flagrante no dia 6 de setembro de 2018, Bispo foi investigado em dois inquéritos pela PF, que não encontraram indícios de que o crime tenha sido encomendado. Em maio de 2019, a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora informou que o agressor foi diagnosticado com “transtorno delirante persistente” e que, por isso, era inimputável. Ele foi condenado a internação por tempo indeterminado e se encontra atualmente preso na penitenciária federal de Campo Grande.

Em novembro de 2021, a PF reabriu um inquérito para apurar se Bispo recebeu auxílio financeiro para executar o atentado, mas não há atualizações sobre o caso.

Em fevereiro de 2022, o Aos Fatos desmentiu uma peça de desinformação que também afirmava que Bispo teria confessado a participação do PT no atentado contra Bolsonaro. À época, as alegações foram negadas pela Polícia Federal.

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