Usuários do Instagram de todo o mundo relataram nesta segunda-feira (31) terem perdido seguidores ou tido suas contas bloqueadas. Em nota, a plataforma reconheceu as falhas e disse que está apurando. No Brasil, a instabilidade foi interpretada como censura por motivação política.
- O Aos Fatos identificou 62 tuítes, com 6.640 interações, que associam as falhas no Instagram a uma suposta ação política;
- A maior parte das curtidas e retuítes foi para postagens de apoiadores de Bolsonaro (70%);
- Outras 1.400 (22%) interações foram em publicações de apoiadores de Lula;
- O restante foi para postagens sem orientação política clara, mas que acusavam a plataforma de censura.
De um lado, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas neste domingo (30), acusaram a plataforma de censura. Uma das responsáveis por espalhar essa teoria foi Mayra Pinheiro, ex-secretária do Ministério da Saúde que ficou conhecida por defender o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19. “O sistema continua tentando silenciar os Bolsonaristas. Removendo seguidores em massa no Instagram e no Twitter. Não vão nos calar!”, escreveu.
Outras postagens tentaram associar a instabilidade na plataforma com proposta de Lula de regular as mídias sociais — e que, na verdade, não inclui exclusão de conteúdos.

Do outro lado, eleitores de Lula (PT) justificaram as falhas como parte de uma suposta ação orquestrada por bolsonaristas contra eles. Segundo essa versão, o número de seguidores teria diminuído drasticamente pois apoiadores de Bolsonaro teriam parado de segui-los em massa. Já as suspensões eles explicam como uma resposta da plataforma a supostas denúncias feitas por “bolsonaristas amargurados”, sem evidências.

Sem qualquer relação com a política brasileira, as instabilidades também foram reportadas por usuários de outros países, como Estados Unidos e na Europa.




