Seis meses depois que o surto de Covid-19 foi oficialmente declarado como uma pandemia, o Radar Aos Fatos analisa como se deu o debate no Twitter em torno de uma dos principais temas de desinformação desse período, a cloroquina (inscreva-se aqui para receber o relatório completo todas as semanas).
O levantamento mostra que o presidente Jair Bolsonaro foi, nesses seis meses, quem mais gerou interações no Twitter brasileiro com postagens pró-cloroquina. Em seguida na lista, aparecem apoiadores seus, como Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, e os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Os dados também sugerem que o debate sobre a cloroquina no Twitter está cada vez mais circunscrito aos entusiastas da droga. O engajamento sobre o assunto vem caindo continuamente e, nos últimos trinta dias, chegou a seu ponto mais baixo — pouco mais de 20% do volume que alcançou no pico entre maio e junho. Ao mesmo tempo, esse universo é cada vez mais dominado por quem defende o uso do remédio em pacientes com Covid-19 — 70% do engajamento sobre o assunto veio de posts pró-cloroquina.
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