🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É montagem conversa de Ciro Gomes com líder do PCC

Por Luiz Fernando Menezes

8 de outubro de 2020, 15h03

Trata-se de uma montagem o áudio com um diálogo de Ciro Gomes (PDT) e um “líder da facção” PCC (Primeiro Comando da Capital) que circula em postagens nas redes sociais (veja aqui). A peça de desinformação alterna trechos de uma entrevista com o político cearense com interceptações telefônicas de integrantes da organização criminosa feitas em 2019 pela PF (Polícia Federal).

A montagem acumulava ao menos 8.000 compartilhamentos em publicações no Facebook até a tarde desta quinta-feira (8). Todas foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).


FALSO

Não é verídico o diálogo de Ciro Gomes e uma liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), como tem sido veiculado em publicações nas redes sociais. A montagem foi produzida a partir de duas fontes distintas: uma entrevista do político cearense ao canal do humorista Maurício Meirelles veiculada em setembro de 2019 e trechos de conversas entre integrantes da facção criminosa interceptados pela PF (Polícia Federal) no ano passado.

Conforme pode ser verificado no vídeo original (abaixo), trechos utilizados na peça, como a parte em que Gomes diz que “estão torturando alguém”, não têm nenhuma relação com o PCC ou com o crime organizado, mas sim com os problemas enfrentados quando governou o Ceará.

Ciro Gomes também não foi citado no documento da PF sobre a Operação Cravada, que tinha o objetivo de desarticular o núcleo financeiro do PCC. Iniciada em fevereiro de 2019, a ação foi responsável pela identificação e pelo bloqueio de mais de 400 contas bancárias em todo o país.

No Twitter, o candidato à Presidência da República pelo PDT em 2018 classificou a peça como “a mais nova fake news” contra ele nas redes sociais. O Boatos.org e a Agência Lupa também desmentiram esta peça de desinformação.

Referências:

1. Youtube (Mauricio Meirelles)
2. Estadão
3. Polícia Federal
4. Twitter (@cirogomes)


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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