É falso que uma seção eleitoral em Sete Lagoas (MG) tenha registrado 40 votos a mais do que o número de eleitores que compareceram à eleição no último domingo (2), como afirma um homem em vídeo que circula nas redes sociais (veja aqui). O TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) afirmou que o homem que gravou as imagens é mesário da seção que ele alega ter sido fraudada e assinou a ata que comprova que o número de eleitores da seção é o mesmo divulgado no site de resultados. Ele gravou, posteriormente, um novo vídeo em que admite que mentiu e pede desculpas.
A publicação enganosa acumulava ao menos 23 mil compartilhamentos no Facebook e milhares de visualizações no TikTok até a tarde desta quinta-feira (6).
Havia 240 pessoas que fizeram o voto, só que na apuração deu 280. Apresentou mais 40 pessoas invisível. Sério. Aqui em Sete Lagoas.
Circula nas redes sociais um vídeo em que um homem afirma que apenas 240 eleitores compareceram a uma seção eleitoral de Sete Lagoas (MG) em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teria registrado 280 votos, mas a alegação foi desmentida pelo próprio autor do vídeo. De acordo com o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), o homem que aparece nas imagens era mesário da seção 79 e admitiu, posteriormente, que mentiu nas alegações.
Ele havia assinado a ata que comprova que 225 pessoas votaram, como é possível verificar no boletim de urna, disponível no site da Justiça Eleitoral desde domingo (2). Mesmo tendo assinado a ata, o mesário gravou um vídeo que viralizou nas redes sociais com a falsa alegação de fraude eleitoral. Ele foi intimado pela Justiça Eleitoral e, posteriormente, gravou um novo vídeo pedindo desculpas e dizendo que “talvez minha contagem estivesse equivocada”.
Desde a divulgação dos resultados, publicações nas redes sociais falseiam dados para sugerir que houve fraude eleitoral no primeiro turno. Foram usados, por exemplo, os números de votos em trânsito para acusar o TSE de ter inflado a votação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Aos Fatos também desmentiu que diversas cidades no Nordeste, região em que Lula recebeu mais votos que Jair Bolsonaro (PL), teriam registrado mais votos do que o número de residentes. Não há registro de que os resultados das eleições tenham sido alterados artificialmente.
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