Não é verdade que Robert Francis Prevost, eleito o novo líder da Igreja Católica, seja acusado de pedofilia. Os posts enganosos distorcem um caso ocorrido na diocese em que o papa atuava, onde dois padres teriam cometido abuso sexual contra crianças. Leão 14, que chefiava a instituição, é acusado de ter acobertado os casos. A diocese nega e afirma que o pontífice apenas seguiu os trâmites exigidos pela Igreja.
Escolheram um PAPA PEDOFILO.É o anticristo mesmo. Robert Francis Prevost é PEDOFILO

Posts nas redes mentem ao afirmar que o papa Leão 14 estaria envolvido em um caso de abuso sexual de crianças. Não há qualquer denúncia com esse teor envolvendo o pontífice. As peças de desinformação distorcem um caso ocorrido enquanto Leão 14 era administrador da Diocese de Chiclayo, no Peru.
De acordo com as denúncias, uma das vítimas dos abusos teria telefonado para o religioso em 2020. Ele, no entanto, teria encaminhado o caso formalmente ao Vaticano apenas dois anos depois, o que o levou a ser acusado de tentar acobertar os crimes.
A diocese refutou a acusação, alegando que o pontífice teria apenas seguido os ritos previstos pela Igreja Católica.
O Vaticano ainda não concluiu a investigação dos casos, que foram denunciados formalmente em abril de 2022. Um dos padres supostamente envolvidos nos abusos foi afastado preventivamente e o outro já não exerce mais suas funções por questões médicas.
Para associar o novo papa à pedofilia, algumas das peças de desinformação também compartilham uma notícia publicada pelo portal R7 sobre um cardeal peruano punido pelo papa Francisco por supostos abusos cometidos contra um adolescente. O caso não tem nenhuma relação com Leão 14.
O caminho da apuração
Aos Fatos buscou informações na imprensa e no site do Vaticano. Contextualizamos também a checagem com um resumo sobre o que se sabe sobre os casos de abuso sexual que teriam ocorrido na diocese em que Leão atuava.