🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que o CEO da Pfizer disse que não tomará vacina contra Covid-19 produzida pela empresa

Por Priscila Pacheco

28 de dezembro de 2020, 16h29

Não é verdade que o CEO da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla, tenha dito que não tomará a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa, como afirma o título de uma publicação do site Boletim do Brasil que circula nas redes sociais (veja aqui). O texto faz referência a uma entrevista do executivo à CNN no dia 14 de dezembro, quando ele comentou que ainda não tinha sido vacinado porque não passaria na frente dos grupos prioritários, que são formados por profissionais de saúde e residentes de casas de repouso.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da empresa disse que o site tirou a informação de seu real contexto e que Bourla obedece a recomendação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) sobre a prioridade de vacinação de profissionais de saúde.

A peça de desinformação conta com ao menos 9.600 compartilhamentos no Facebook nesta segunda-feira (28) e foi marcada com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (entenda como funciona).


CEO da Pfizer diz que não tomará a própria vacina.

É enganosa a manchete do site Boletim do Brasil que afirma que o CEO da Pfizer, Albert Bourla, teria dito que não tomará a vacina desenvolvida pela empresa contra a Covid-19. Na verdade, ao ser questionado em entrevista à CNN se já havia sido vacinado, Bourla respondeu que não e explicou que havia regras rígidas para a vacinação nos EUA para que ninguém interferisse na fila, na qual são grupos prioritários profissionais de saúde e residentes de casas de repouso, conforme determinação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA).

"Somos muito sensíveis para não cortar a fila", comentou durante a entrevista. A informação também foi confirmada por e-mail pela assessoria de imprensa da indústria farmacêutica.

A vacina da Pfizer/Biontech contra a Covid-19 começou a ser aplicada no dia 8 de dezembro no Reino Unido e já está disponível em diversos países, como EUA, Canadá, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Israel, México, Costa Rica, Chile e 27 países da União Europeia. O imunizante tem sido alvo de diversas peças de desinformação. Aos Fatos já verificou, por exemplo, que é falso que a vacina causou a morte de seis voluntários e que uma enfermeira tenha morrido após ser vacinada no dia 18 de dezembro.

Outro lado. O site Boletim do Brasil respondeu que a matéria não tentou modificar a fala do CEO Albert Bourla e que transcreveu a citação no decorrer do texto. A resposta na íntegra pode ser vista aqui.


A checagem foi atualizada às 10h33 do dia 29 de dezembro para incluir o outro lado do Boletim do Brasil. A atualização não altera o selo da checagem.

Referências:

1. Aos Fatos (Fontes 1 e 2)
2. CNN (Fontes 1, 2 e 3)
3. BBC Brasil
4. Deutsche Welle


De acordo com nossos esforços para alcançar mais pessoas com informação verificada, Aos Fatos libera esta reportagem para livre republicação com atribuição de crédito e link para este site.


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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