Uma montagem que circula nas redes sociais engana ao sustentar que a GloboNews noticiou que a morte de um traficante pela polícia teria sido causada por Covid-19 (veja aqui). A informação falsa foi inserida digitalmente na tarja inferior de uma imagem da TV captada em fevereiro de 2019, quando a emissora reportava as fortes chuvas que caíram no Rio de Janeiro na época.
A imagem adulterada tem sido compartilhada nas redes por perfis pessoais e páginas no Facebook e alimentam a narrativa de que mortes por diversas causas estariam sendo notificadas como se fossem decorrentes do novo coronavírus. Juntas, as publicações sobre a morte do traficante acumulavam mais de 12 mil compartilhamentos até a tarde desta segunda-feira (30). Todas elas foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação desta última plataforma (saiba como funciona).
Não é verdade que a GloboNews noticiou a morte de um traficante após confronto com a polícia como se fosse por Covid-19. A reprodução de uma imagem de noticiário da emissora tem circulado nas redes sociais com a tarja na parte inferior adulterada com a informação falsa. A original é de fevereiro de 2019, quando a emissora reportou temporais no Rio de Janeiro.
Conforme pode ser verificado no vídeo original (imagem inferior na comparação), a cena usada na peça de desinformação trazia escrito na tarja: “Decretado Estágio de crise; 2 mortes confirmadas”. Naquela época, por causa do temporal, a prefeitura do Rio de Janeiro pediu que a população ficasse em casa e evitasse deslocamentos. As chuvas daquela quarta-feira (6 de fevereiro), que foram acompanhadas de ventos de até 110 km/h, deixaram sete mortos.
A publicação com a montagem vem sendo compartilhada nas redes desde o final de semana e sugere que a imprensa estaria inflando o número de mortos em decorrência da Covid-19 para aumentar a gravidade da pandemia. No domingo (29), o Aos Fatos desmentiu que a morte de um borracheiro por acidente de trabalho em Recife (PE) teria sido usada pelo governo do estado para inflar estatísticas oficiais de letalidade do novo coronavírus.
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