🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Julho de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que diretor-geral da OMS foi preso pela Interpol

Por Priscila Pacheco

28 de julho de 2022, 16h57

Não é verdade que Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), foi preso pela Interpol por genocídio e crimes contra a humanidade durante a pandemia de Covid-19, como dizem postagens (veja aqui). A assessoria de imprensa da OMS respondeu ao Aos Fatos que a notícia é falsa, e a Interpol afirmou que não cabe a ela efetuar prisões, e sim às polícias locais. O boato foi publicado em um site satírico, mas passou a circular como se fosse real.

As postagens enganosas contam com ao menos 11 mil visualizações no Telegram e centenas de compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (28).


Selo falso

Tedros Adhanom Ghebreyesus, o atual diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi preso pela Interpol e está preso por crimes contra a humanidade e genocídio. Isso ocorre quando as agências policiais em todo o mundo começaram a visar políticos, empresários e líderes corporativos por seu papel na “pandemia” e por empurrar vacinas desnecessárias e mortais para a população humana.

Postagem engana ao dizer que diretor da OMS foi preso

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não foi preso por crimes contra a humanidade e genocídio durante a pandemia de Covid-19. A OMS nega o boato que circula nas redes sociais, e o diretor tem cumprido agenda normal — participou de pelo menos dois eventos públicos transmitidos ao vivo entre o dia 24 de julho, data do texto desinformativo, e o momento da publicação desta checagem.

A peça de desinformação atribui a prisão à Interpol, organização que serve para a cooperação de forças de segurança de 195 países. A Interpol respondeu ao Aos Fatos que não pode prender ninguém, pois essa função é restrita às polícias de cada país. Não há informações sobre acusações ou mandado de prisão contra Ghebreyesus no site da instituição.

A desinformação surgiu a partir de uma publicação feita em 24 de julho em um site chamado Vancouver Times. Depois de ter o texto averiguado por agências de checagem, o portal inseriu um aviso de que o artigo é uma sátira e que órgãos de saúde consideram as vacinas contra Covid-19 seguras. Na página “Sobre Nós”, há a descrição de que o site tem fins humorísticos. “Vancouver Times é a fonte mais confiável de sátira na costa oeste. Escrevemos histórias satíricas sobre questões que afetam os conservadores”, diz.

Imagem mostra que site atualizou texto para afirmar que é sátira
Atualização. Vancouver Times inseriu nota para afirmar que artigo é satírico e inclui links de checagens

No sábado (23), véspera da publicação do artigo, Tedros Adhanom participou de uma conferência transmitida ao vivo para declarar que o atual surto de varíola dos macacos se tornou uma emergência de saúde pública internacional. No dia seguinte, o diretor postou em sua conta oficial no Twitter um agradecimento ao ex-presidente da Albânia pela cooperação durante a pandemia. O diretor-geral da OMS postou normalmente nos demais dias e, na quarta-feira (27), voltou a falar em público.

A desinformação também foi checada por Fato ou Fake e Boatos.org.

Referências:

1. Interpol (Fontes 1 e 2)
2. OMS
3. ONU
4. Twitter Tedros Adhanom Ghebreyesus
5. Metrópoles


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