🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É falso que China não iniciou vacinação contra Covid-19

Por Luiz Fernando Menezes

21 de dezembro de 2020, 14h39

Publicações nas redes sociais enganam ao alegar que a China não iniciou a vacinação contra a Covid-19 (veja aqui). O país começou a imunização emergencial em julho e, até sábado (19), já havia vacinado mais de 650 mil pessoas.

A falsa informação aparece em mensagens no Facebook que vêm sendo publicadas há semanas e já foram compartilhadas mais de 45 mil vezes. Os conteúdos foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma (saiba como funciona).


FALSO

“Nada de vacinação, nada de segunda onda? Qual o segredo?”, dizem as postagens que estão circulando nas redes sociais para questionar como a China teria conseguido controlar a pandemia no país. A argumentação, no entanto, se baseia em uma premissa falsa, pois milhares de chineses já receberam, desde julho, doses de vacina contra a Covid-19.

Segundo levantamento da Bloomberg atualizado neste domingo (20), a China já havia vacinado 650 mil pessoas até o dia 19, sendo, atualmente, o país com o maior número absoluto de imunizados. O país começou a vacinar sua população de forma emergencial em julho, conforme Aos Fatos explicou em checagem anterior,

As postagens omitem ainda que uma das causas apontadas por especialistas para o aparente controle do coronavírus na China foi a adoção de protocolos rígidos de proteção e restrição de circulação. Segundo artigo publicado na revista científica The Lancet em outubro, ações como o lockdown de 76 dias adotado em Wuhan, a suspensão do transporte público e a testagem em massa da população são apontados como motivos da estagnação do número de casos e óbitos no país.

Segundo o Our World in Data, que reúne dados sobre a pandemia em diversos países, a China registrou, até o dia 20 de dezembro, 4.764 mortes pela infecção. É possível verificar que o surto teve dois grandes picos de óbitos durante o ano: um em meados de fevereiro e outro em abril.

Já em relação ao número de casos, é possível perceber uma tendência semelhante: o maior registro ocorreu em fevereiro. Desde então, pequenas altas foram identificadas em abril, agosto e no final deste ano.

Referências:

1. Bloomberg
2. Estadão
3. Aos Fatos
4. The Lancet
5. Our World in Data


De acordo com nossos esforços para alcançar mais pessoas com informação verificada, Aos Fatos libera esta reportagem para livre republicação com atribuição de crédito e link para este site.


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

Topo

Usamos cookies e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concordará com estas condições.