Três estados apoiaram Dilma Rousseff na votação deste domingo (17) para a instauração do processo de impeachment. Depois de naufragar com 367 votos a favor da abertura de procedimento e 137 contra, a presidente estará agora sob o escrutínio do Senado.
Somente Bahia, Ceará e Amapá tiveram mais deputados a favor da presidente, fazendo com que o não perdesse força e encerrasse o dia com apenas 137 votos — frente aos 172 necessários para barrar o impeachment. Nesses estados, em 2014, Dilma conseguiu sua eleição com ampla vantagem sobre seu adversário à época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). (Veja tabela com as votações de 2014.)
O sim veio com força desde o começo da votação e arrematou a maioria dos deputados em 22 estados ao longo das mais de 6 horas de sessão, totalizando 367 votos. Houve apenas sete abstenções e duas ausências, que mudariam pouco o cenário para qualquer lado.
2014 e 2016. O Maranhão, que foi o estado com o maior apoio a Dilma nas últimas eleições presidenciais (79% dos votos válidos), deu 10 de seus 18 votos favoráveis ao impeachment.
Outro estado que votou majoritariamente em Dilma em 2014, o Amazonas viu seus representantes apoiarem unanimemente a abertura do processo de impeachment. Foram oito votos contra a presidente na votação deste domingo. Rondônia também votou 100% contra o Planalto.
Nos maiores colégios eleitorais do país, Dilma perdeu bastante apoio. Se em 2014 havia vencido as eleições graças ao Rio de Janeiro (55% dos votos válidos) e Minas Gerais (52%), teve, respectivamente, apenas 11 de 46 votos e 12 de 53 votos a seu favor.
Em São Paulo, rincão oposicionista e estado do vice-presidente Michel Temer, foram computados 57 votos pelo impeachment de um total de 70 deputados.