🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2020. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Da obrigatoriedade ao 5G, tudo o que já checamos sobre vacinas contra a Covid-19

Por Bernardo Moura e Ana Rita Cunha

20 de outubro de 2020, 15h00

As pesquisas por vacinas contra a Covid-19 avançam, e a desinformação sobre elas também. Desde o início da pandemia, Aos Fatos checou 25 afirmações enganosas relacionadas à imunização, de brechas inexistentes para burlar a vacinação obrigatória às teorias conspiratórias envolvendo a China e a tecnologia 5G. Aqui, reunimos tudo que já publicamos.

O que a lei e a ciência afirmam sobre a vacinação obrigatória no Brasil

Neste explicador, mostramos que, por mais que não existam punições severas, a obrigatoriedade da vacina está, sim, prevista na lei brasileira. Assim como no caso do voto, ninguém vai na casa das pessoas obrigá-las a vacinar, mas há sanções previstas, como para responsáveis que não completarem o calendário vacinal de crianças e adolescentes.

Para especialistas, a vacinação obrigatória é tida como uma medida de solidariedade social, pois protege ao mesmo tempo o indivíduo e a comunidade: ao imunizar o primeiro, ele se torna uma barreira que impede que outras pessoas mais frágeis peguem a doença. Leia mais.


Como se faz uma vacina?

Em um dos vídeos da série Boletim Aos Fatos sobre o coronavírus, mostramos a rota das pesquisas que estão na corrida por uma imunização segura e eficaz contra a Covid-19.


Não é verdade que médico chinês morreu após tomar CoronaVac

É falso que o urologista chinês Hu Weifeng teve cirrose aguda e morreu após tomar a CoronaVac, vacina que vem sendo testada pela Sinovac Biotech no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. O médico morreu em junho deste ano por complicações da Covid-19. Além disso, ele foi internado em março, antes, portanto, do início dos testes da imunização em humanos, que começaram em abril e são restritos a adultos saudáveis. Leia mais.


Vídeo não mostra protesto em Nápoles contra a CoronaVac

Manifestação exibida em vídeo que circula nas redes sociais não foi realizada em Nápoles, na Itália, nem era contra a CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac Biotech, como alegam publicações nas redes sociais. As cenas são de um protesto na Inglaterra em 24 de outubro em reação às restrições impostas no país para conter o avanço da Covid-19. Leia mais.


É falso que vacinas contra Covid-19 foram aplicadas apenas em animais antes de testes no Brasil

Não é verdade que as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford e pela empresa Sinovac Biotech foram aplicadas apenas em animais antes dos testes em brasileiros, como afirma o enfermeiro e candidato a vereador Anthony Ferrari Penza (PSD-RJ) em vídeo que circula nas redes sociais. As duas imunizações já haviam sido testadas em humanos em estudos clínicos antes de chegarem ao Brasil. Leia mais.


É falso que CoronaVac pode matar mais que Covid-19; médico faz comparação enganosa

Não é verdade que a porcentagem de voluntários com reações adversas à CoronaVac indica que a vacina da chinesa Sinovac Biotech testada pelo Instituto Butantan pode matar mais do que a própria Covid-19. A alegação enganosa circula nas redes sociais com base em uma declaração do neurocirurgião Paulo Porto de Melo, que comparou incorretamente uma taxa estimada de letalidade da doença e a parcela dos que receberam a imunização na China e tiveram algum efeito colateral. Leia mais.


É falso que CoronaVac pode alterar código genético e 'causar homossexualismo'

Não é verdade que a CoronaVac, vacina que vem sendo produzida pela empresa chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, altera o código genético e pode tornar voluntários homossexuais. A imunização está sendo produzida por meio da inativação do vírus, sem a alteração genética. Além disso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ao analisar os resultados dos primeiros testes, entendeu que a vacina é segura. Leia mais.


Doria não disse que quem deixar de tomar a CoronaVac pode passar Covid-19 para os já vacinados

É falso que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que pessoas que não tomarem a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, podem infectar outras já imunizadas. Não há registros de declarações semelhantes, e a assessoria do tucano negou a autoria da frase. Leia mais.


É falso que adolescentes morreram após receberem dose da CoronaVac

A peça de desinformação sustentava que três jovens tinham morrido após a imunização, porém, não haviam sido reportados óbitos ou mesmo reações adversas graves decorrentes da CoronaVac. O Instituto Butantan informou ainda que todos os voluntários eram maiores de 18 anos e profissionais da área de saúde, um perfil que não se encaixava nos de adolescentes de 13, 16 e 18 anos. Leia mais.


Não é verdade que vacina contra Covid-19 cause dano irreversível ao DNA humano

Uma corrente de WhatsApp desinformava ao dizer que as vacinas de mRNA (de ácido nucleico), como parte das que estão sendo testadas para combater a Covid-19, poderiam causar danos irreversíveis ao material genético das pessoas. Porém, o genoma manipulado nesses casos é o do vírus, não o humano, e as imunizações apenas ajudam o sistema imunológico a reconhecer e combater as infecções causadas pelo vírus. Leia mais.


China não preferiu vacina contra Covid-19 de Oxford e descartou a vendida para SP

Na verdade, o contrato comercial com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, parceira de Oxford na produção da vacina, foi firmado pelo laboratório privado chinês Shenzhen Kangtai, não pelo governo daquele país. O acordo também não interfere em nada o desenvolvimento da CoronaVac. Além disso, as parcerias firmadas pelo mundo para a produção da vacinas não provam que governos preferem umas imunizações a outras. Leia mais.


Covid-19 não quer dizer ‘Certificado Internacional de Vacinação com Inteligência Artificial’

Não é verdade que Covid-19 seja uma sigla para “Certificado de Identificação de Vacinação com Inteligência Artificial”, como afirma um ginecologista italiano em vídeo que viralizou nas redes. O termo significa COrona VIrus Disease (doença do coronavírus, em inglês). Leia mais.


Vacinas testadas contra Covid-19 não usam nanochip para rastrear pessoas pelo 5G

Vacinas contra a Covid-19 produzidas por empresas chinesas e em fase de testes não têm nanochips na composição para rastrear pessoas e diminuir a imunidade por meio da tecnologia 5G. Especialistas afirmaram que não existem vacinas com chip entre as que estavam em estudo clínico para a Covid-19 nem entre as usadas para outras doenças. Leia mais.


É falso que João Doria tomou vacina contra Covid-19

Não era verdade que o diagnóstico positivo de Covid-19 do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), provava que a CoronaVac não funciona. O tucano não recebeu uma dose da vacina da chinesa Sinovac Biotech. A imunização foi aplicada apenas em voluntários da área de saúde, como médicos e enfermeiros. Leia mais.


Foto de homem com rosto inchado não retrata efeito colateral da CoronaVac

As fotos não mostravam um enfermeiro voluntário da CoronaVac, mas um estudante que teve reação alérgica à manteiga de amendoim que foi passada em seu rosto durante um trote na Central Michigan University em 2016. Leia mais.


É falso que CoronaVac usa células de bebês abortados

Não é verdade que a vacina contra a Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e testada em São Paulo seja proveniente de "células de bebês abortados". A CoronaVac é produzida a partir da multiplicação do vírus da Covid-19 em células retiradas na década de 1960 do rim de uma espécie africana de macaco e cultivadas em laboratório até hoje. Leia mais.


Voluntária que relatou febre e mal-estar não participou de testes da CoronaVac

Trecho do relato de uma voluntária que passou mal após tomar a vacina que tem sido desenvolvida pela Universidade de Oxford circulou nas redes sociais como fosse relacionado à CoronaVac. A declaração constava em reportagem da revista Marie Claire, e pesquisadores indicam que os sintomas reportados por ela, como febre e dor no corpo, seriam possíveis efeitos colaterais da imunização. Leia mais.


É falso que OMS recomendou vacina produzida na China e descartou outra, dos EUA

Uma imagem compartilhada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) nas redes sociais enganou ao sugerir que a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalizou uma vacina desenvolvida na China e determinou a suspensão de outra, produzida pelos EUA e que seria mais barata. A entidade não havia dado aval a nenhuma das imunizações em testes. Leia mais.


Não é verdade que vídeo prova que testes de vacina em SP são armados

Um vídeo que mostrava uma simulação de como é aplicada a CoronaVac circulou em nas redes como prova de que os teste em São Paulo eram uma armação. As imagens exibiam uma encenação, para a imprensa, da imunização que havia sido aplicada em uma voluntária momentos antes, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde paulista. Leia mais.


É falso que OMS disse que Coronavac não foi testada em nenhum lugar do mundo

Diferentemente do que se alegava nas redes, a Organização Mundial da Saúde informava em seu site oficial que a vacina já havia passado por testes. Leia mais.


É falso que Doria fechou contrato com chineses em 2019 para vacina contra o novo coronavírus

Não é verdade que o governo de São Paulo assinou em agosto de 2019 um contrato entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac Biotech para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. O acordo foi firmado no dia 10 de junho deste ano. Leia mais.


Não é verdade que vacina cura Covid-19 em três horas

A foto que circulava nas postagens não mostrava uma vacina, mas um teste rápido de detecção da doença. Leia mais.


Vacina contra coronavírus para cães não tem relação com Covid-19

Postagens compartilharam um vídeo no qual um homem mostra que a imunização contra um coronavírus consta no cartão de vacinação de seu cachorro. No entanto, ele confunde o Sars-Cov-2 com o coronavírus canino (CCoV), que infecta apenas animais e já é conhecido desde os anos 1970. Leia mais.


Israel não descobriu cura ou vacina para o coronavírus

A reportagem em vídeo compartilhada nas postagens mostrava, na verdade, o processo de desenvolvimento de uma vacina que, segundo os cientistas responsáveis, pode estar disponível em maio. Em nenhum momento o vídeo afirma que o medicamento já existe ou que a cura da infecção pelo novo coronavírus foi encontrada em Israel. Leia mais.


Cuba não desenvolveu vacina para o novo coronavírus

Não é verdade que Cuba tenha desenvolvido uma vacina para o novo coronavírus, como afirmam publicações que circulam redes sociais. O país fornece FNrec (Interferon alfa 2B) para a China, um dos remédios foram preliminarmente usados no tratamento de infectados naquele país, mas o medicamento é um antiviral –não uma vacina– e não era novo –já era utilizado há anos no tratamento de outras enfermidades, como hepatite C. Leia mais.

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