Cármen Lúcia repreendeu advogado, não Alexandre de Moraes, em vídeo que circula fora de contexto

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Não é verdade que a ministra Cármen Lúcia cortou o microfone de Alexandre de Moraes enquanto ele lia seu voto durante julgamento no STF, como alegam publicações nas redes. No registro original, a ministra nega a intervenção de um advogado que tentava levantar uma questão de fato durante o voto do relator, o que é proibido pelas regras do tribunal.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 5.000 curtidas no Instagram e centenas de compartilhamentos no Facebook até a tarde desta quarta-feira (24). A peça de desinformação também circula no X (ex-Twitter).

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Selo falso

Cármen Lúcia corta microfone de Alexandre de Moraes kkk e dá uma lapada. Deixou ele tiririca. Tenta argumentar e Carmén ensina como funciona

Print de publicação que mente ao afirmar que a ministra do STF Carmén Lúcia teria cortado o microfone do ministro Alexandre de Moraes em durante um julgamento.

Posts nas redes têm compartilhado um trecho de um julgamento do Supremo Tribunal Federal acompanhado de legenda enganosa que alega que a ministra Cármen Lúcia teria cortado o microfone de Alexandre de Moraes durante sessão da última segunda-feira (22). A gravação compartilhada pelas peças de desinformação foi registrada em 5 de outubro de 2022 e mostra a magistrada advertindo um advogado, e não o ministro.

Durante uma sessão de julgamentos da Primeira Turma do STF, Cármen Lúcia repreendeu um advogado que tentou interromper a leitura do voto de Moraes, relator do processo, para apresentar uma questão de fato.

Segundo a magistrada, o pedido não poderia ser atendido no momento, já que as regras do tribunal proíbem a interrupção do voto de um ministro. A justificativa, inclusive, está presente no trecho compartilhado pelas peças de desinformação. Confira abaixo a versão original do vídeo:

Finalizada a leitura pelo relator, foi concedida a palavra ao advogado para expressar sua questão de fato, como é possível verificar em momento posterior da gravação.

Referências

  1. YouTube (1 e 2)
  2. Migalhas
  3. Vade Mecum Brasil

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