🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Cabral não acusou Toffoli de receber R$ 3 milhões para alterar votos de eleitores

Por Marco Faustino

10 de agosto de 2021, 16h46

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli não foi acusado de alterar votos de eleitores por R$ 3 milhões, como insinuam postagens nas redes sociais (veja aqui). Na realidade, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse em delação premiada que o magistrado teria vendido decisões em julgamentos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que Toffoli nega.

O conteúdo fora de contexto somava ao menos 7.000 compartilhamentos em posts no Facebook nesta terça-feira (10) e foi marcado com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (veja como funciona).


Será que a esquerda teria a mesma quantidade de votos com o voto auditável??? Por que aqueles que deveriam proteger a nossa constituição estão lutando para não ser possível auditar os votos? Tudo está muito claro. Só não enxerga quem não quer.

Com reprodução de um tweet da Revista Oeste que traz o enunciado "Toffoli recebeu R$ 3 milhões para alterar votos no TSE, diz Cabral", as postagens insinuam que essa alteração seria referente a votos de eleitores. Porém, na verdade, o que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse em delação premiada à PF (Polícia Federal) foi que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli teria recebido dinheiro para reverter liminares no plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O ex-governador disse à polícia que Toffoli teria ganhado R$ 3 milhões, em 2015, para mudar seu voto e reverter a cassação do então prefeito de Volta Redonda (RJ), Antônio Francisco Neto (MDB), em uma ação por abuso de poder político e econômico. Na época, o ministro era presidente da corte. O magistrado negou ter conhecimento dos fatos, disse que não recebeu esses valores e refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício das suas funções.

A PF pediu em maio deste ano ao STF um inquérito para investigar Toffoli com base nas alegações do ex-governador. Porém, a delação foi invalidada pela maioria da corte em 27 de maio, sob o argumento de que a polícia não poderia ter firmado acordo de colaboração sem anuência do MPF (Ministério Público Federal). Em nenhum momento do depoimento o ex-governador acusou Toffoli de fazer alterações nos votos em qualquer eleição.

Esta peça de desinformação também foi checada pelo Estadão Verifica.

Referências:

1. Twitter
2. Estadão
3. TSE (Fontes 1 e 2)
4. O Globo
5. Poder 360
6. Migalhas


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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