O presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém, desde maio, um perfil no LinkedIn em que divulga ações de seu governo, mas também difunde alegações enganosas. Com 27,6 mil seguidores, a página do mandatário acumula hoje 124 postagens. A maioria delas (108) promove apenas programas e feitos de sua gestão, mas Aos Fatos identificou que, em pelo menos nove publicações, o mandatário reproduziu desinformação.
Foram compartilhadas, por exemplo, duas transmissões ao vivo de junho em que Bolsonaro engana ao afirmar que estudos concluíram que o isolamento social não foi eficaz durante a pandemia e ao relacionar vacinas de spray nasal com um medicamento testado para suprimir o processo inflamatório da Covid-19.
Também foi postado que o Brasil é o país que mais conserva o meio ambiente no mundo, o que é falso; e que a pandemia e a guerra na Ucrânia seriam os responsáveis pela inflação, desconsiderando uma série de fatores internos que contribuem para a escalada dos preços.
O perfil omite ainda no currículo profissional o período em que Bolsonaro foi vereador do Rio de Janeiro e deputado federal, afirmando apenas que ele é presidente do Brasil e que tem formação na Academia Militar das Agulhas Negras. A página do mandatário ressalta que “estratégia”, “governo” e “resolução de problemas” estão entre as competências dele.