Uma das quatro pessoas presas nesta quinta (29) em operação contra atos de vandalismo em Brasília compartilhou no Telegram correntes incitando o fuzilamento de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Na semana passada, ela compartilhou texto dizendo que o ministro Alexandre de Moraes iria “receber uma venda nos olhos diante de um pelotão”.
Klio Damião Hirano frequentava o acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército e é suspeita de ter participado da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, no dia 12 de dezembro, após a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
- Hirano foi candidata a prefeita da cidade de Tupã (SP), em 2020, pelo PRTB;
- Ela possui um perfil com mais de 4.000 seguidores no Instagram e é administradora das páginas Tupã Livre em outras redes sociais, incluindo um grupo no Telegram com 75 membros;
- Lá, na quinta passada (22), ela compartilhou uma mensagem com ameaças: “Os últimos dias de Alexandre de Moraes”, dizia a corrente, encaminhada a partir de uma comunidade fechada, com mais de 11 mil membros;
- Alguns dias antes, em 18 de dezembro, outro membro do grupo encaminhou mensagem que citava falso decreto que proibiria a emissão de passaportes diplomáticos também como ameaça a políticos e magistrados. “Ninguém vai escapar da prisão e do fuzilamento.”
O grupo administrado por Hirano também compartilhou dezenas de fotos e vídeos das manifestações contra a prisão do militante bolsonarista na noite do dia 12 de dezembro, que acabaram em vandalismo.
Além do Tupã Livre, ela também fazia parte dos grupos B-38 e Ucraniza Brasil no Telegram, bloqueados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após o segundo turno das eleições.