Não é verdade que o presidente do Conselho de Administração da Rede D’or, Jorge Moll Filho, é genro do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso e que o filho do ministro é sócio da rede de saúde, como afirmam publicações nas redes sociais (veja aqui). O STF e a Rede D’Or negaram que os parentes de Barroso tenham qualquer ligação com a empresa do ramo de saúde.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook nesta quarta-feira (14) e também circulam no WhatsApp, no qual não é possível estimar o alcance (fale com a Fátima).
O dono da Rede D’Or é genro do Barroso. E o filho do Barroso também é sócio. Então aos poucos a verdade vai aparecendo. Por isso não tem recurso para a enfermagem, né?
Postagens nas redes sociais enganam ao associar Jorge Moll Filho, presidente do Conselho de Administração da Rede D’Or, à família do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Moll Filho não é genro de Barroso, pois não é casado com nenhum dos filhos do ministro, Luna van Brussel e Bernardo van Brussel, e sim com a médica Alice Moll. Também não é verdade que Bernardo tem participação societária na Rede D’Or, como informado pelo STF e pela rede de saúde.
“O gabinete do ministro informa que a filha dele tem um noivo que não é da área da saúde. Já o filho é economista e não tem nenhuma relação com a área hospitalar”, diz um trecho da nota publicada pelo tribunal no domingo (11). Já a Rede D’or informou que a empresa não tem um dono, porque é de capital aberto, ou seja, o controle é compartilhado por todos os acionistas, e que Bernardo van Brussel não tem participação acionária na rede de saúde.
O Aos Fatos verificou também que o filho do ministro não aparece no quadro de sócio de administradores da Rede D’or no site da Receita Federal. Também não há parentes dele no quadro de gestores da rede de saúde.
As peças desinformativas começaram a circular após o ministro suspender liminarmente a lei que define o piso a ser pago a enfermeiros e auxiliares de enfermagem, que havia sido aprovada no Congresso em julho. Para Barroso, Legislativo e Executivo não tomaram providências para viabilizar a implementação do mínimo de R$ 4.750 para esses profissionais O caso está sendo julgado no plenário virtual do STF e, atualmente, o placar é de cinco votos favoráveis à suspensão do piso salarial e três contra. Ainda faltam os votos de três ministros.
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