🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Austrália não vai separar 24 mil crianças de seus pais para vaciná-las em ‘campo de quarentena’

Por Ethel Rudnitzki

10 de dezembro de 2021, 15h52

Não é verdade que a Austrália vai separar 24 mil crianças dos pais e levá-las para experimentos com vacinas em um “campo de quarentena”, como afirmam posts (veja aqui). As publicações distorcem vídeo em que o secretário de Saúde de Nova Gales do Sul detalha medidas para evitar aglomerações durante a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 em um estádio de Sydney, em agosto deste ano. Para reduzir a circulação de pessoas, os pais foram aconselhados a esperar pelos filhos do lado de fora da arena.

Esta peça de desinformação circulou primeiro em agosto deste ano, e voltou a ganhar força nas redes na última semana. Apenas no Twitter, uma postagem recente acumulava ao menos 14 mil visualizações nesta sexta-feira (10).


Selo falso

O governo da Austrália não vai separar 24.000 crianças dos pais para levá-las a um “campo de quarentena” onde passarão por experimentos. A alegação enganosa falseia e distorce informações de um vídeo de agosto deste ano em que o secretário de Saúde do estado de Nova Gales do Sul, Brad Hazzard, detalha procedimentos sanitários para vacinação contra Covid-19 de jovens a partir de 16 anos na Qudos Bank Arena, em Sydney. Os pais foram aconselhados a esperar do lado de fora para evitar aglomerações.

O trecho usado pela peça desinformativa mostra momento em que o secretário informa os pais e mães sobre as medidas adotadas para reduzir a circulação de pessoas na arena, entre elas o pedido para que os responsáveis aguardassem pelos filhos do lado de fora.

Na versão completa do vídeo, o secretário afirma que trata-se de um programa voluntário, e que esperava vacinar 24 mil jovens contra a Covid-19 até a semana seguinte. O evento aconteceu em 9 de agosto e cerca de 3 mil foram imunizados.

Antes de circular em português, o conteúdo enganoso também viralizou em inglês, sendo desmentido pela AAP e pelo Snopes.

Referências:

1. New South Wales Government (1, 2, 3)
2. The Pulse


Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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