🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Aos Fatos assina carta pela democracia

10 de agosto de 2022, 19h04

Aos Fatos assinou nesta quarta-feira (10) a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", documento organizado pela Faculdade de Direito da USP e endossado por mais de 860 mil signatários e 300 entidades. A adesão vem em resposta ao uso de desinformação para minar instituições afins à democracia, como a imprensa e o sistema eleitoral.

O documento alerta para um "momento de imenso perigo para a normalidade democrática" devido ao reiterado sinal de desrespeito ao resultado das eleições presidenciais. Também não cita nomes, mas rejeita ameaças de ruptura democrática com "ataques infundados e desacompanhados de provas" contra as urnas eletrônicas, a Justiça Eleitoral e o sistema de votação. Perpetrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, essa ofensiva também mira setores da sociedade civil, como a imprensa e vários movimentos sociais.

"No Brasil atual, não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições", diz a carta. Ela será lida durante ato em São Paulo, na próxima quinta-feira (11).

"Aos Fatos decidiu aderir ao movimento devido ao dever cívico e de ofício de seus jornalistas de resguardar os fatos. Os inúmeros ataques às instituições democráticas com desinformação geraram um cenário de radicalização que põe em risco tanto a segurança do nosso trabalho quanto a verdade factual em si. As consequências podem ser nefastas, a começar pelo modo como vêm sendo construídas políticas públicas no país, sem lastro nos fatos", diz Tai Nalon, diretora-executiva do Aos Fatos.

De acordo com o contador de declarações falsas ou distorcidas do presidente mantido pelo Aos Fatos, em 1.315 dias, Bolsonaro proferiu 5.954 falsidades e distorções. Dessas, cerca de 600 têm algum grau de desinformação sobre eleições — sejam elas ataques às urnas, às pesquisas de opinião ou à Justiça Eleitoral como um todo.

Leia a íntegra do manifesto

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