🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Fevereiro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

É antigo vídeo que alega que Braga Netto condicionou eleições a voto impresso

Por Luiz Fernando Menezes

17 de fevereiro de 2022, 15h52

Publicações nas redes sociais disseminam como recente um vídeo de julho de 2021 que alega que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teria condicionado a realização das eleições de 2022 à implantação do voto impresso no país (veja aqui). Na época, o Estadão noticiou que o general teria feito esta ameaça ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que a rechaçou. O Ministério da Defesa negou a veracidade da informação.

O vídeo tem sido usado fora de contexto em postagens que reuniam ao menos 2.500 compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (17).


Selo distorcido

Defesa nega alegação sobre voto impresso

Não é recente o vídeo que circula nas postagens checadas em que o narrador afirma que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teria condicionado as eleições deste ano à implantação do voto impresso.

A gravação foi veiculada primeiro em 22 de julho de 2021 pelo canal de YouTube bolsonarista O Giro de Notícias e repercute uma notícia que havia sido publicada pelo do portal IG baseada em reportagem de O Estado de S. Paulo.

Segundo o jornal, Braga Netto teria enviado um recado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de que as eleições de 2022 só seriam realizadas se fosse aprovada a PEC 135/19, que instituía a impressão do voto e estava em debate na Casa.

Após a reportagem, Lira negou ter sido ameaçado e o Ministério da Defesa publicou uma nota em que afirma que Braga Netto “não se comunica com os presidentes dos Poderes por meio de interlocutores” e que competiria ao Congresso “decidir sobre o tema”. Cerca de 20 dias depois, a proposta de voto impresso foi rejeitada pela Câmara.

Ao Aos Fatos, o Ministério da Defesa reafirmou o que havia publicado na nota do ano passado e disse que a discussão sobre a proposta deve ser realizada pelo Legislativo.

Referências:

1. IG
2. Estadão
3. Câmara dos Deputados
4. G1 (1 e 2)
5. Ministério da Defesa


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Esta reportagem foi publicada de acordo com a metodologia anterior do Aos Fatos.

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