🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Agosto de 2018. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Aluna foi expulsa de sala por uso de celular, e não por apoiar Bolsonaro

20 de agosto de 2018, 15h30

Vídeo que circula no Facebook distorce notícia de 2015 para dizer que uma estudante foi expulsa de sala pelo professor por trajar uma camisa do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. Na verdade, o motivo da expulsão foi o uso de celular durante a aula. O vídeo foi checado pelo Comprova — coalizão de veículos de imprensa brasileiros do qual Aos Fatos é parceiro institucional (saiba mais). Aos Fatos rechecou o conteúdo.

Até o dia 16 de agosto, este vídeo havia sido compartilhado por 34 páginas que reúnem apoiadores do candidato do PSL. Ao todo, a partir de abril, já recebeu 25,3 mil interações no Facebook.

Hoje, o vídeo pode ser encontrado em post da página Robin Arruda, que publica com frequência conteúdos em apoio a Bolsonaro, e já acumula mais de 12 mil visualizações. Esta postagem foi marcada como FALSA na ferramenta de verificação do Facebook (entenda como funciona).


FALSO

Mais uma vez alunos sendo humilhados por professores. Foi expulsa por tá usando uma camisa do Bolsonaro.

Páginas de apoio a Jair Bolsonaro publicaram um vídeo que mostra, supostamente, uma jovem sendo expulsa da sala de aula por seu professor por usar uma camiseta do candidato do PSL. A informação não é verdadeira.

O texto que introduz a postagem da página Robin Arruda afirma que "mais uma vez, alunos sendo humilhados por professores. Foi expulsa por tá (sic) usando uma camisa do Bolsonaro". Na realidade, o vídeo não tem qualquer relação com a campanha presidencial ou com Bolsonaro.

O vídeo em questão foi gravado no dia 23 de fevereiro de 2015, na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Silva Mello, no bairro Parque da Areia Preta, em Guarapari (ES). O professor, exaltado, pediu que a estudante tirasse "essa merda daqui". No mesmo dia, o vídeo foi compartilhado na página do Facebook “ES em Foco” e tornou-se um viral no WhatsApp. Em entrevista ao jornal Gazeta Online, à época, a aluna e o professor confirmaram que a confusão foi motivada pelo uso do celular.

O caso rendeu a cobertura jornalística de alguns veículos, como Gazeta Online e G1. A versão recentemente viralizada utilizou 37 segundos de uma matéria de um telejornal do Espírito Santo, que contava a história, mas suprimiu a explicação do celular.

Até o dia 16 de agosto, editado e com a justificativa falsa, o vídeo havia sido compartilhado por 34 páginas que reúnem apoiadores do presidenciável. Ao todo, a partir de abril, já recebeu recebeu 25,3 mil interações, segundo a contagem pública do Facebook. Nesta segunda-feira (20), Aos Fatos identificou o mesmo conteúdo replicado pela página Robin Arruda, onde, desde 27 de abril, já acumula mais de 12 mil visualizações.


Aos Fatos é parceiro institucional do Comprova. Por meio dessa parceria, reproduz gratuitamente o conteúdo gerado pelo consórcio e presta consultoria sem contrapartida sobre tecnologia em checagem de fatos. A iniciativa é uma coalizão de 24 veículos de imprensa cujo objetivo é combater a desinformação durante as eleições presidenciais.

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