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Alckmin não disse que taxar o PIX é 'extremamente necessário'

Por Priscila Pacheco

4 de novembro de 2022, 16h55

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), não disse que taxar o PIX é “extremamente necessário” para o país, nem o G1 publicou reportagem com essa alegação, como fazem crer posts nas redes sociais. Aos Fatos não encontrou a notícia no portal do grupo Globo e a assessoria do governo eleito negou que haja qualquer projeto para taxar o sistema de pagamentos instantâneos. A postagem contém ainda indícios de montagem.

A peça de desinformação conta com ao menos 13,5 mil curtidas no Facebook e centenas de compartilhamentos no Facebook nesta sexta-feira (4). O conteúdo enganoso também tem sido disseminado no Telegram (fale com a Fátima).


Selo falso

 Montagem simula site do G1 para afirmar que Alckmin disse que vai taxar PIX

Postagens enganam ao atribuir ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição de governo, a afirmação de que taxar o PIX é necessário para o crescimento econômico. A assessoria da chapa presidencial eleita desmentiu a autoria da declaração e que existam planos para taxação. A proposta também não consta nas diretrizes apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por Lula e Alckmin.

A imagem disseminada é uma montagem que simula uma notícia do G1. Em pesquisas no site e no Internet Archive, que armazena páginas antigas da web, Aos Fatos não encontrou textos com o mesmo título na imagem. Em outubro, Aos Fatos mostrou que sites simulam reportagens do G1 para disseminar informações falsas.

Outra montagem com a identidade visual do portal de notícias do Grupo Globo anuncia que o vice-presidente eleito teria confirmado a taxação do PIX em 5,76% em cada transação. O G1 nunca publicou essa notícia. Há ainda uma versão que atribui a suposta informação à Jovem Pan, o que também é falso: na verdade, a emissora veiculou a montagem na última quarta-feira para desmenti-la.

Outras postagens enganosas que dizem que Lula fará mudanças no PIX já foram checadas, como em outubro e nesta quarta-feira (2).

Referências:

1. Aos Fatos (Fontes 1, 2 e 3)
2. TSE
3. Internet Archive
4. G1
5. Jovem Pan


Esta checagem foi atualizada às 12h15 do dia 11 de novembro de 2022 para acrescentar outras versões da mesma desinformação que passaram a circular nas redes após a publicação deste texto.

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