Voltou a circular na internet uma foto do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, ao lado de Fernando Haddad (PT). A frase que acompanha a imagem afirma que ele seria um dos quatro advogados responsáveis pela defesa de Adelio Bispo, o homem que esfaqueou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha presidencial. A informação é FALSA. O autor do atentado é defendido por quatro advogados: Zanone Manuel de Oliveira Junior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Daniel Magalhães Bastos.
Kakay, portanto, não participa de sua defesa.
A imagem foi publicada no último sábado (16) e já contabilizava até a tarde desta segunda-feira (19) mais de 33 mil compartilhamentos. Este conteúdo foi denunciado por usuários da rede social e marcado por Aos Fatos com o selo FALSO na ferramenta de verificação do Facebook (entenda como funciona).
Veja abaixo, em detalhes, o que checamos:
Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é um dos quatro advogados responsáveis pela defesa de Adélio Bispo.
A foto já circula nas redes sociais há um tempo, desde que, em 18 de outubro, Kakay assinou um manifesto de juristas e advogados defendendo Haddad como o único candidato que poderia "garantir a continuidade do regime democrático". A imagem data dessa ocasião. A informação do texto que acompanha a foto de que Kakay seria um dos advogados de Adélio Bispo, o autor do atentado ao presidente eleito, no entanto, é FALSA.
Adélio Bispo é defendido por quatro advogados Zanone Manuel de Oliveira Junior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa. À época do atentado, Zanone Junior, que trabalhou nos casos do goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang, afirmou à reportagem do Jornal Nacional que foi contratado por um homem de Montes Claros, que seria da mesma igreja de Adélio.
Ao Aos Fatos, Kakay afirmou: “Nunca vi e nem advoguei para este maluco que deu a facada, este tal Adélio”. Em vídeo, Kakay também negou que seja advogado do autor do atentado. “Uns canalhas estão espalhando fake news dizendo que eu sou advogado desse criminoso que fez esse atentado à vida do presidente eleito. Isso é uma canalhice. Evidentemente não sou advogado desse tal Adélio”, afirmou o advogado.
Checagens semelhantes foram feitas pelo G1 e pela Agência Lupa em outubro.