Acordo com China Media Group não foi firmado por Mandetta, mas por Osmar Terra

Compartilhe

Não há registros de que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tenha acertado um contrato milionário da pasta com o China Media Group, como afirmam publicações nas redes sociais (veja aqui). O único acordo entre o grupo de mídia chinês e o governo Bolsonaro identificado por Aos Fatos foi assinado em novembro de 2019 pelo então ministro da Cidadania e hoje deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). O termo de cooperação previa a difusão e o intercâmbio da produção audiovisual entre Brasil e China.

A desinformação circula nas redes sociais desde o final de semana e, no Facebook, posts que a veiculam reuniam ao menos 3.000 compartilhamentos na tarde desta terça-feira (7). Todos foram marcados com o selo FALSO na ferramenta de verificação da rede social (saiba como funciona).


FALSO

Mandetta fez, na surdina, um contrato milionário com China Media Group sem aval do Presidente!

Publicações nas redes sociais acusam o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta de ter celebrado um acordo milionário da pasta que comanda com o conglomerado de mídia chinês China Media Group. Porém, não há registros de que isso tenha acontecido, conforme Aos Fatos pôde verificar no Portal da Transparência, na página de contratos do Ministério da Saúde e em registros na imprensa.

O único acordo identificado por Aos Fatos entre o grupo chinês e o governo Bolsonaro foi assinado pelo então ministro da Cidadania e atual deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) em 13 de novembro do ano passado. O termo de cooperação firmado previa parcerias no setor audiovisual para possibilitar, no Brasil e na China, a difusão e a transmissão de filmes e programas de TV produzidos nos dois países, segundo informou a pasta na época. De início, a troca de conteúdos seria feita por meio da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

A cerimônia de assinatura ocorrida em novembro, na sede da EBC em Brasília, contou com a presença do presidente do China Media Group, Shen Haixiong. Cerca de um mês antes, em outubro de 2019, Terra esteve em Pequim para viabilizar o acordo de cooperação com os chineses.

Aos Fatos contatou o Ministério da Cidadania nesta terça-feira (7) para verificar o custo do acordo de cooperação, mas não obteve resposta até a publicação desta checagem.

Compartilhe

Leia também

falsoVídeo de 2021 que mostra a avenida Paulista lotada circula como se fosse atual

Vídeo de 2021 que mostra a avenida Paulista lotada circula como se fosse atual

falsoKamala Harris não defendeu censura ao X

Kamala Harris não defendeu censura ao X

No Flow, Nunes distorce dados sobre educação na capital paulista

No Flow, Nunes distorce dados sobre educação na capital paulista