🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Dezembro de 2021. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

YouTube remove vídeo do canal de Eduardo Bolsonaro em que Jair Bolsonaro defende “tratamento precoce”

Por Débora Ely e João Barbosa

7 de dezembro de 2021, 14h20

O YouTube removeu nesta segunda-feira (6), por infração às regras da plataforma, um vídeo do canal do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) defende a eficácia do “tratamento precoce” contra a Covid-19, o que é falso. A retirada ocorre quase um ano após o conteúdo ter sido publicado, em 19 de dezembro de 2020. Antes de ser removida, a gravação acumulava 328.380 visualizações.

A entrevista continua disponível em pelo menos outros quatro canais no YouTube, mas com audiência bastante inferior (ao todo, 235 visualizações), como o Bipe verificou nesta terça (7). Trechos do vídeo também circulam em outras plataformas, como o Facebook.

Procurada, a assessoria de imprensa do YouTube no Brasil informou que o vídeo foi removido por “violação às políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19”. Em abril, a empresa atualizou suas diretrizes de conteúdo e passou a proibir publicações que defendem o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina.

No vídeo removido, o presidente cita três alegações enganosas sobre “tratamento precoce”, de acordo com o contador do Aos Fatos de declarações checadas de Bolsonaro. Em uma delas, ele afirma que o Brasil “se saiu muito bem” na pandemia devido ao “tratamento precoce”. Ele também minimiza a importância da vacinação ao afirmar que “a pressa da vacina não se justifica”.

Desde maio, o YouTube já removeu outros três vídeos do canal do filho do presidente Bolsonaro: um que acusava o ex-presidente Lula (PT) de defender ladrões de celular, uma transmissão ao vivo com Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, e uma entrevista com a médica Nise Yamaguchi, defensora de terapias ineficazes contra a Covid-19.

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