🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Outubro de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

TikTok bloqueia buscas por ‘fraude’, mas não por ‘fr4ud3’ e variações

Por Bianca Bortolon e Ethel Rudnitzki

6 de outubro de 2022, 17h05

O TikTok bloqueou nesta quinta-feira (6) buscas pelo termo “fraude”. Usuários que procuram por conteúdos com a palavra não obtêm nenhum resultado e se deparam com um aviso: “Essa frase pode estar associada com comportamento ou conteúdo que viola nossas diretrizes” e os convida a ler as Diretrizes de Comunidade da plataforma.

Também não trazem resultados buscas pelas expressões “urnas fraudadas” ou “fraude nas urnas”, porém é possível encontrar conteúdos que trocam letras por números nas expressões bloqueadas — estratégia usada por desinformadores para burlar moderação de conteúdo nas plataformas.

Busca por termo

Vídeos antigos marcados com a hashtag #fraude também permanecem no ar, somando mais de 705 milhões de visualizações. Os conteúdos estão bloqueados na busca pela tag, mas podem ser visualizados através de suas urls individuais ou dos perfis de seus criadores.

As buscas ainda estavam disponíveis no final de semana de primeiro turno das eleições, quando circulou um vídeo com 500 mil visualizações na plataforma que alegava que as urnas estariam sendo manipuladas por militantes em um sindicato em Itapeva (SP), entre outras falsas alegações de fraude nas eleições.

Questionada, a plataforma não informou quando foi implementado o bloqueio da busca para os termos relacionados à fraude, limitando-se a enviar ao Aos Fatos links para os últimos posicionamentos da plataforma relacionados às medidas adotadas para combate à desinformação. O último relatório de aplicação de políticas disponibilizado refere-se ao período de abril a junho deste ano.

“​​Nós levamos extremamente a sério a responsabilidade que temos em proteger a integridade da plataforma e das eleições. Proibimos e removemos informações falsas sobre processos cívicos e outras violações de nossas Diretrizes da Comunidade, trabalhamos com agências parceiras, como o Estadão Verifica e a Reuters, para verificar informações em nossa plataforma. Também contamos com uma série de recursos para ajudar os usuários a terem acesso a conteúdo educativo e confiável sobre as eleições brasileiras”, afirmaram em nota.

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