🕐 ESTA REPORTAGEM FOI PUBLICADA EM Junho de 2022. INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE TEXTO PODEM ESTAR DESATUALIZADAS OU TEREM MUDADO.

Facebook mantém no ar perfis falsos que aplicam golpe da lipozepina

Por Marco Faustino

21 de junho de 2022, 16h20

Embora o Facebook tenha regras que proíbem perfis que se passam por outras pessoas e páginas que difundem golpes financeiros, contas criadas na rede social com esse intuito — e noticiadas pelo Aos Fatos na segunda-feira passada (13) — seguem no ar. Na quarta-feira (15), uma lista com as contas irregulares foi enviada à plataforma. Mas, até agora, o Facebook não informou se tomará providências.

Desde 26 de maio, foram encontradas 361 postagens de perfis e páginas falsas que promovem a lipozepina, um falso emagrecedor sem registro para venda pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ao menos 100 dessas publicações seguem ativas, e as demais foram apagadas após a publicação de checagens relacionadas ao produto. Essa rede leva consumidores a sites que cobram frete para enviar “amostras grátis” desse e de outros falsos emagrecedores, além de uma assinatura mensal que não é informada de forma clara e ostensiva.

O Facebook informou que não permite a oferta, a compra, a venda ou a negociação de medicamentos controlados ou restritos, e que possui ferramentas para que conteúdos ou contas que violem as políticas da plataforma sejam reportados.

O Ministério Público de São Paulo disse ter acionado a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária de Nazaré Paulista (SP), cidade em que duas das três empresas envolvidas estão registradas. Segundo o órgão, os consumidores lesados podem procurar uma sede local do Procon, registrar boletim de ocorrência, entrar com ação individual contra as empresas ou acionar a promotoria de sua localidade.

Durante a apuração, o Aos Fatos verificou que os falsos emagrecedores são vendidos em plataformas de comércio eletrônico. Em nota, o Mercado Livre informou que é proibida a venda de produtos em desacordo com a legislação em vigor e, assim que identificados, os anúncios seriam excluídos, e o vendedor notificado — o que de fato ocorreu com os anúncios apontados.

Após a publicação deste texto, a Shopee informou que cumpre todas as regulamentações locais e exige que os vendedores também estejam em conformidade com os termos e condições de uso da plataforma, que proíbe a venda de produtos ilegais. Os produtos listados que violam essas condições são removidos, o que de fato aconteceu com os anúncios apontados pelo Aos Fatos.

A Americanas não retornou, e os produtos irregulares seguem comercializados na plataforma.

Este Bipe foi atualizado em 21 de junho de 2022, às 18h. Foi incluído no texto o posicionamento da Shopee enviado por e-mail.

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